Grande noite romântica

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- Eu ainda te amo, Cheryl. A verdade é que sempre vou amar. -ele se aproxima mais de mim e coloca a mão em meu rosto.

...

- E a Verônica?

- Esquece ela só por um momento.

- Mas é que. Eu amo o Wesley. -tiro sua mão da minha face e a fico segurando- Mas não posso negar que também não te amo.

Nada, somente o silêncio gritava a nossa volta.

- Ele é seu primeiro amor, mas eu pretendo ser o último. -ele diz por fim e beija minha testa.

Fico o olhando tentando imaginar em qual momento ele sairia correndo para longe e voltar só quando ele se sentisse necessidade de atenção. Não podia parar de pensar daquele jeito e isso me deixava com raiva porque no fundo eu sabia que era verdade.

- Você precisa voltar pra aula e eu preciso ir para casa.

- Ok. Me avisa se precisar de algo?

- Claro...

...

- Eu não vou dizer obrigada.

- Tá bom -dou uma última olhada para o espelho para ver se tinha coberto a marca e volto a olhar para frente aonde se encontrava Wesley encostado em meu carro.

- Eu falei que não vou agradecer.

- Eu ouvi, não sou surda. -respondo enquanto procuro a chave do meu lindo ford thunderbird vermelho.

- Sério, por quê fez aquilo?

- Por que se dependesse de você, você estaria expulso nesse momento.

- E?

- Não, não finja que não se importa, não combina com você.

- Com você sempre combinou bem. -ele rebate.

- Eu combino com tudo. -pego a chave do carro e vou até o mesmo.

- Então é isso? Vai ser assim mesmo?

- Você se afundou primeiro.

- É, é isso que eu ganho por te amar.

- não seja dramático.

- Não seja você sem coração.

Quando ele disse aquilo eu só queria gritar, chorar. Se eu fosse mesmo sem coração eu não estaria nunca passando por isso. Agora entendo porque falam que ter sentimentos te torna fraco

- Nossa, se proteja que ele está atirando. -falo sarcástica e ele ri irônico.- Eu sei que está usando drogas, sei que pediu hoje. Mas você tem que parar, esse não é você.

- Nunca conto mais nada pro Sweet Pea. -ele bota a mão no bolso e tira de lá saquinhos com a droga- Esse aqui não sou eu mesmo -ele joga no chão- Eu não usei, não conseguiria.

- Pelo menos algo juízo te resta.

- Por que está agindo assim?

- Estou agindo como sou com todo mundo.

- Você está me afastando.

- Não estamos mais namorando então se me dá licença. -tento abrir a porta do carro mas ele me bloqueia.

- Eu não acredito em você, está escondendo algo.

- Pode até ser, mas não é da sua conta. Agora saia da minha frente que eu preciso ir embora. -falo de cara fechado e ele sai de perto.

Amor impulsivo (Cheryl e Archie)Onde histórias criam vida. Descubra agora