A guerra não é para fracos

52 6 2
                                    

             Meus amores, não se esqueçam de comentar. Toda a ajuda é bem vinda e todas as ideias fundamentais para esta história crescer!

            Comentem, votem e partilhem se gostarem. 

----------****------------


        Bones estaciona o carro no estacionamento do Edifício Amoreiras e não dá tempo a Teresa. Em menos de nada está a abrir-lhe a porta para que ela saia, com um sorriso envergonhado no rosto.

       Ela olha-o surpresa e pega na mão que ele lhe estende hesitante. - para veres que sei ser um cavalheiro princesa - a mão agarra firmemente na dela como que a afirmar que pode confiar nele.

        - Onde vais? - ela pergunta curiosa - não estás a pensar acompanhar-me, pois não? Já bem basta o drama que vou aturar quando chegar quase duas horas atrasada e um olho roxo... não preciso de ter de explicar quem és e por que estás presente...

    O tom revela  ansiedade e Bones sente vontade de esmurrar algo. Esta sensação começa a tornar-se habitual quando se trata dela... pára por instantes para assimilar bem esta nova informação, soltando a mão dela. Ela estaca e olha para ele observando o olhar dele perdido na parede em frente.

         - Passa-se algo de errado? O que foi que eu disse agora? Se disse alguma coisa que o... te ofendeu, por favor...

         - Não... não, não, não princesa - agarra-lhe a mão novamente e beija-a como qualquer cavaleiro andante faria à donzela em apuros. - Quero ir contigo sim... quero proteger-te de todos os que te fazem mal e não me parece que devas explicações a um ex- marido e a uma mãe que claramente não sabe o que a palavra significa...

         - Não - abanando a cabeça em negação Teresa retira a sua mão da dele bruscamente - não Bones - a voz firme - esta guerra é minha e só minha! Passei a maior parte da minha vida à espera que me viessem salvar. Estou cansada de ser a vítima da minha própria história... - os olhos tristes fazem-no estremecer mas não a interrompe - está na hora de começar a reescrevê-la se quero que tenha um fim diferente - faz uma careta e sorri.

          - Isso tem piada, princesa?

          - Não... por acaso piada nenhuma... mas o que disse é tão cliché que parecia saído de um romance de segunda categoria - novamente a careta e uma gargalhada pequenina que faz Bones ter vontade de a agarrar ali mesmo encostada ao carro. Tens de controlar isto mano... Não dá para a agarrar por tudo e por nada!

          - Está bem princesa - o olhar de adoração que deixa Teresa mole é espesso e cheio de luxúria. - Vou ficar aqui à tua espera... se precisares, sabes que estou aqui.

           - Não tens de trabalhar? - testa franzida em surpresa.

          - Não te preocupes comigo princesa. O meu trabalho não tem horários - dizendo isto pega no telemóvel e começa a digitar que nem louco, fixando-se no ecrã.

          - Bones... - a voz suave e uma mão no antebraço forte - obrigada.

Ele olha-a franzindo uma sobrancelha - porquê, princesa?

        - Porque me deste o que eu pensava que não tinha. - e ao olhar inquisitivo que ele lhe lança, responde - Força! - Vira-lhe as costas e caminha rápido para o elevador.

Ele fica a olhá-la, controlando-se para não a seguir. 

****

           Olha-se no espelho do elevador, ensaiando o que vai dizer quando chegar ao destino. Nada lhe agrada e está a chegar ao sétimo piso... Isto não vai correr bem... agora arrepende-se não ter deixado Bones subir com ela. 

          - quem pensas que estás a enganar Teresa? Não tens uma fibra de força no teu corpo, por muito que ele to repita... - olha desolada para a sua figura reflectida - és patética...

O elevador soa o piso em que tem de sair e ela esboça um sorriso falso, respirando fundo, endireitando-se e levantando a cabeça o mais alto que consegue. - Agora não é hora para vacilar.

       Se precisares estou aqui - palavras que não lhe saem da cabeça e a que ela se agarra com todas as forças para aguentar a batalha que aí vem. 

Uma vida a tintaOnde histórias criam vida. Descubra agora