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A Falcon chegou no espaço selvagem, nas coordenadas onde devia estar Mortis, mas não havia nada ali. Não, logo adiante havia uma estrutura gigante em forma de octaedro, com linhas de cor vermelha e preta. O monólito de Mortis.

-- Que estranho. Será que estamos no lugar certo, R2? – o droide assoviou afirmativamente – Então cadê o...

De repente o monólito de Mortis se abriu e uma luz ofuscante escapou. Rey tentou dar a ré, mas os controles não a obedeciam. A Falcon não respondeu.

-- O que é isso? Parece um raio trator.

R2 assoviava assustado, afinal não havia nenhuma outra nave ali, somente o monólito. Rey tentou de tudo, sem sucesso.

A luz na abertura do monólito engoliu a Falcon, e quando Rey percebeu, estava na superfície de um planeta desconhecido, com os motores da nave desligados.

-- Quem pousou a nave? – ela olhou para o lado e R2 deu bipes confusos – Se nem você sabe o que houve...

Já era noite lá fora, toda aquela área estava seca e estéril, e um vento gelado fustigou Rey no momento em que desembarcou; uma tempestade se formava. E não muito longe, havia outra nave, que devia ser a de Ren.

-- Ele está aqui – ela podia sentir sua presença, sabia onde ele estava, e seguiu na direção certa. R2 a seguiu e ela parou – Não, R2, fique na nave, é perigoso demais.

O droide parou diante de Rey e assoviou apressadamente.

-- Calma, R2, vai mais devagar. O que a Leia tinha para me dar?

Uma abertura se fez visível no domo de R2, e algo foi disparado de lá. Surpresa, Rey apanhou o objeto no ar.

-- Um sabre de luz?! É... da Leia?

-- Sim. Ela gostaria que você ficasse com ele.

-- Mestre Skywalker – Rey girou nos calcanhares para encarar Luke.

-- Minha irmã o guardou depois do fim de seu treinamento. Ela sabia que alguém o pegaria, alguém que completaria sua jornada – o mestre jedi tinha uma expressão solene – Saiba que mil gerações vivem em você agora, mas essa é sua batalha. Você levará o sabre ao altar. Que a Força esteja com você.

-- E com você. Obrigada, mestre Skywalker – o fantasma desapareceu, e Rey olhou para R2 com um sorrisinho – Nunca subestime um droide, certo? Espere aqui, R2.

O droide concordou. Com o novo sabre preso ao cinto, Rey correu para o monastério de Mortis.

*

Explosões iluminavam o céu de Coruscant. Quase toda a frota da Resistência alvejava a Nova Supremacia, que respondia com todo o poder de fogo.

Enquanto isso, em solo, as tropas de terra lutavam. Os andares da Primeira Ordem superavam os da Resistência em quantidade, e já tinham derrubado três deles. Rose viu a coragem começar a vacilar no rosto de alguns dos aliados, e percebendo isso também, Finn gritou:

-- Continuem! Temos que chegar ao Senado!

Jannah e seus guerreiros tomaram a frente, jogando-se contra os stormtroopers como se fossem um só.

-- Como vão as coisas aí, Finn? – a voz de Poe perguntou no comunicador.

-- Estamos tentando. Se pegarmos Hux no Senado, tudo acaba. Mas tem muitos stormtroopers no caminho – Finn tinha que gritar no meio de tantos tiros, explosões e gritos.

-- Aguentem o máximo que puderem, a ajuda está vindo. Acreditem nisso! – Poe desviou de um TIE, e BB-8 assoviou assustado – Eu, sei, amigo, a situação não está melhor para nós. Mantenha a esperança.

Star Wars Episódio IX - Duelo dos DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora