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A Falcon chegou a Coruscant e aterrissou numa das ruas mais destruídas pela batalha, e, portanto, virtualmente vazia. Quando a rampa de acesso da nave desceu, Rey encontrou Finn e Poe, que até agora estiveram preocupados, e a receberam extremamente aliviados.

Eles a abraçaram longamente, e repararam em seu braço, já preso a uma luva de bacta de primeiros socorros.

-- O que houve?

-- Muita coisa.

Chewie chegou com um urro de felicidade e a abraçou também, tomando cuidado com seu ferimento, e fez o ato mais gentil para um wookie: penteou seu cabelo.

-- Rey – ao ouvir aquela voz e ver sua dona vindo em sua direção, ela ficou de queixo caído.

-- Leia!

-- Desculpe se a assustei. Mas eu não podia morrer ainda – as duas se abraçaram. Rey sussurrou a seu ouvido:

-- Mestra, preciso te contar...

-- Sim, mas o mais importante primeiro – ela gesticulou para Poe e Finn, que acompanharam Rey para a unidade médica da Resistência.

C3PO, ao lado da general, ouviu o som familiar de R2D2, que desembarcava da Falcon também.

-- R2! Como é bom revê-lo. Não acreditaria em tudo que aconteceu aqui, mas o que estava fazendo lá dentro ainda? – o pequeno droide assoviou – Informação secreta? E como assim foi a senhorita Rey quem pediu? Ei, espere aí!

R2 se afastou apressadamente da nave e C3PO o seguiu, tentando acompanhar seu ritmo e ainda fazendo perguntas que não seriam respondidas.

R2 se afastou apressadamente da nave e C3PO o seguiu, tentando acompanhar seu ritmo e ainda fazendo perguntas que não seriam respondidas

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Quando eles se distanciaram, Leia entrou na Falcon. Lá dentro estava seu filho.

-- Mãe. E... – ele gaguejou, mal conseguindo olhá-la nos olhos – Eu...

-- Eu sei – ela apenas o abraçou, e os dois permaneceram assim por um longo tempo, sem falar mais nada. Nada precisava ser dito.

*

-- Vamos indo, Chewie! – Rose exclamou ao sentar na cadeira do copiloto, e a Falcon deixou Canto Bight.

Seu destino era o Núcleo Profundo, no planeta Thyton, em cuja superfície Rey aguardava ansiosamente pela chegada dos amigos. Ali, no mesmo planeta onde as ordens jedi e sith se originaram, aconteceria o recomeço.

Sem mais escolher entre luz e sombra, pois ambos era parte da natureza essencial da Força. A Força era vida e vida em crescimento, e não havia crescimento sem mudança. E mudança era destruição.

A vida sustenta a morte, a morte alimenta nova vida, a destruição vem antes da renovação. E a dor vinha antes da cura. Conflito era tão necessário para o progresso quanto a harmonia. O sofrimento era tão essencial para a sabedoria quanto a alegria. Não havia bondade pura nem mal absoluto. Apenas vida, mudança e crescimento, sofrimento e alegria, morte e renascimento.

Apenas a Força.

Enquanto esperava pela chegada daqueles que aprenderiam essa nova filosofia, Rey tinha algo a devolver.

-- Seu sabre – ela o estendeu com sua mão protética. Leia o aceitou e olhou para o objeto com nostalgia.

Rey naquele momento sentiu a presença de Ben e o viu à frente, e ele olhou para ela também.

-- É aqui que nos despedimos, Rey.

-- Mas não para sempre, eu sei. Até você estar pronto para voltar, todos nós vamos esperar por você. E eu estarei aqui quando precisar de mim.

-- Obrigado – ele murmurou sem jeito, mas verdadeiramente grato. Rey desapareceu de vista, e ele voltou a subir a colina rumo às pequenas casas da ilha.

As cuidadoras observaram sua chegada com curiosidade, mas logo voltaram às suas tarefas.

Ben foi para o alto da montanha, sentou-se na mesma pedra em que Rey e Luke uma vez meditaram para encontrar a Força, e contemplou o vasto oceano de Ahch-To.

Olhou para seu sabre de luz, o arremessou o mais longe que podia, e o viu desaparecer nas ondas. Kylo Ren se fora para sempre.

Ben desejava ir a Thyton, ao encontro de Rey e sua mãe para ajudar naquele recomeço para a Força, e tinha certeza que o faria, mas agora não era a hora.

Até que se purificasse e se redimisse por tudo que fizera, o destino de seu tio seria o seu.

*

Em Thyton, a Falcon aterrissou, e Finn foi o primeiro a desembarcar, seguido por Rose e um grupo de crianças, de idades entre cinco e nove anos. Entre elas estava Temiri, o garotinho que ajudara Finn e Rose nos estábulos de Canto Bight.

Após a última criança deixar a nave, foi a vez de Jannah sair, com seu pelotão de guerreiros, e por fim, Chewie. Todos contemplaram impressionados o novo prédio, recentemente construído por Maz Kanata, em cuja entrada ela também aguardava.

O prédio que serviria como moradia e academia para os recém-chegados.

-- Bem-vindos a Thyton – Leia os recebeu.

-- E eu sou Rey.

-- Rey de quê? – perguntou um menino. Ela olhou para Leia.

-- Rey Solana – respondeu com um sorriso – Sejam bem-vindos à nova academia jedi. Será um prazer ensinar vocês

-- E será um prazer aprender com você, mestra Rey – respondeu Finn.

O mais novo grupo de aprendizes seguiu para o novo templo jedi.

FIM

E é assim que acaba esta versão alternativa do Episódio IX. O que acharam? Deixem comentários se acham que vale a pena adicionar ou modificar alguma coisa, estou disposta a fazer mudanças para melhorar esta obra.

Obrigada por acompanhar a história até o fim, e espero que ela tenha oferecido conforto da mesma forma que escrevê-la foi reconfortante para mim.

Vida longa aos Skywalker!!!

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Star Wars Episódio IX - Duelo dos DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora