Passados alguns minutos, Cristal chegou ao portão de sua casa sendo carregada pelo ciclista.
— Para, paraaaa — gritou Cristal fazendo o ciclista parar no susto.
— Muito obrigado mesmo — falou Cristal descendo da bicicleta com muito custo.
— Então, esta entregue, agora eu tenho que ir.
O ciclista então subiu em sua bicicleta e partiu na direção contrária deixando Cristal parada em seu portão.
Cristal entrou no portão de sua casa e o fechou com toda a força, fazendo a sua mãe levar um susto e aparecer na janela.
— Minha filha o que ho...
—Mãe, se o Luc aparecer ai fala que eu morri, mas se ele insistir de um chute nas partes baixas dele e taque a porta na cara — falou Cristal interrompendo a mãe.
A mãe da Cristal tentou perguntar novamente o que tinha acontecido, mas sem sucesso, Cristal já havia subido as escadas para o seu quarto, e a única resposta que ela teve foi o barulho feito pela porta.
Não se passou dois minutos e alguém começou a tocar a campainha freneticamente, era o Luc.
— ABREEEEEEEE...
— Calmo ai já vai abrir — gritou a mãe da Cristal já com a mão na maçaneta, só foi ela abrir a porta para o Luc adentrar a casa a procura da Cristal.
— A Cristal está aí, Sra. Mcdogall? — perguntou o Luc desesperado.
— Olha meu jovem, ela me mandou te dar um chute quando você chegasse então eu quero saber o que aconteceu e o que você fez com ela, e sim, ela está em casa.
— Não, eu não fiz nada, quer dizer eu fiz, fiz uma surpresa para ela, a levei ao A sociedade dos poetas e fiz um poema para ela e falei na frente de todo mundo que era o seu aniversário — falou o Luc sentando no sofá.
— É você errou aí, expor ela na frente de todo mundo não foi uma boa ideia, você sabe disso — falou a Sra. Mcdogall sentando ao lado do Luc.
— É eu sei, mas eu só queria fazer uma coisa legal para ela, mas acho que não deu muito certo, eu só faço besteira, mas eu posso falar com ela?
— Poder até pode, mas eu não irei me responsabilizar se ela te tacar dessa escada, vai com Deus, ela está no quarto. — falou a Sra. Mcdogall.
— É eu vou precisar — falou o Luc levantando do sofá e indo em direção à escada que leva ao quarto da Cristal. Ele subiu, e ficou parado em frente a porta com medo de entrar, medo do que o esperava lá dentro, a furiosa Medusa, Cristal. Respirando fundo Luc colocou a mão na maçaneta e a rodou fazendo com que a porta se abrisse, e pela brecha ele pode ver a Cristal chorando, e como sempre escrevendo em seu diário, não precisa ser um gênio para saber o que ela escrevia ali.
CADERNO
... Ainda irei matar o Luc, ahh se vou, e não vai demorar, não mesmo, como que pode ele fazer essa piadinha comigo sabendo que eu não gosto, não olho mais na cara d...
B-A-C-C, ela foi interrompida por um barulho, Cristal olhou para a porta e viu o Luc deitado no chão, ele havia caído.
— O que você está fazendo aqui seu idiota — gritou Cristal levantando de sua cama.
— Eu vim te pedir desculpa, por favor, me desculpa sério — falou Luc levantando do chão, ou melhor, tentando levantar.
— Que mané desculpa Luc, você não merece nada. Não, você merece, você merece isso — falou Cristal tacando o caderno que estava na sua mão e tudo que estava em volta, foi tão rápido que o Luc não pode desviar de nada, ela só não tacou a cama porque não aguentava.
— Aaaai, Aaaii, para, para, por favor, Medusa — falou Luc sendo atingido por travesseiro, livro, tesoura.
— L-U-C, não me chama de Medusaaaa seu bicho, sai daqui, se você não sair eu saio
— Eu não vou sair — falou Luc com cara de dor e ainda estava caído em a porta.
— Não vai?! Então eu vou — falou Cristal passando por cima do Luc que estava obstruindo a passagem, mas ela não conseguiu continuar, pois ele a segurou pelo calcanhar. Depois de muito custo Cristal conseguiu sair das mãos do Luc e descer as escadas correndo fazendo muito barulho, e ele vei atrás se arrastando
— Crianças, o que está acontecendo? — perguntou a Sra. Mcdogall desesperada.
— Nada mãe, vai dormir vai — falou Cristal passando direto por sua mãe e indo em direção à porta que dava para a rua. O Luc também passou igual um vulto pela Sra. Mcdogall seguindo a Cristal.
— Luc, para de me seguir, eu quero ficar sozinhaaaa — falou Cristal já no lado de fora da casa.
— Eu quero conversar com você
— Mas nós não vamos — falou a Cristal atravessando a rua igual uma maluca, mas o que ela não percebeu foi que havia um carro vindo em sua direção, mas isso mudou quando ela olhou para o lado e pode vê-lo, toda a sua vida passou pela sua cabeça em frações de segundos, o seu primeiro beijo, sua primeira ida a escola, o pai que a mãe disse que havia morrido quando ela tinha dois anos e o Luc também ganhou uma parte nesse devaneio. A Cristal ficou imóvel, sem reação, a única coisa que ela pode fazer foi se abaixar e esperar a sua morte.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu querido diário, quer dizer, caderno
Genç KurguA vida de Cristal começa a mudar a partir do momento que um "diário" idiota precisa ser escrito. Descobertas e revelações que vão mudar o rumo de seu mundinho. Convido você a conhecer a vida dela como se estivesse em sua cabeça. Página Oficial do l...