capitulo quinze: Yvan Lautner- perdido

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Eu havia acabado de sair do aeroporto, ao chegar no calçadão da praia do Rio de Janeiro novamente, pedi outro táxi e uma recomendação de hotel.
- Rapaz, os hotéis de frente pro mar são bem caros, se é desse tipo que você procura.
Neguei e o respondi enquanto ele circulava pelo Centro do rio.
- Pra mim tanto faz, há algum aqui perto ?
Ele assentiu e ajeitou o retrovisor enquanto sua outra mão manuseava o volante.
- Há vários, tem este aqui, é um bom hotel e a comida é maravilhosa. Caso você queira...
- É,  pode ser. Quanto mais perto melhor. Obrigado.
Eu disse o interrompendo.
- Ah sim, certo. Quer que eu leve sua mala até um dos quartos do hotel ?
Peguei minha carteira.
- Não,Obrigado, quanto deu?
- dez reais senhor.
Assenti e entreguei o dinheiro a ele.
- Obrigado.
Eu disse e entrei no hotel.
Era grande, aliás, gigante.
Tinha muitos andares e a recepção era iluminada, com Tv's e  sons de qualidade.
De frente pro mar, e bem perto de onde a mãe da Alice mora.
Coloquei minha mala no chão e fui até o balcão, até uma mulher que estava ali.
- Boa tarde, eu queria um quarto pra agora.
Ela assentiu.
- Certo, qual o horário de saída?
- Meia noite.
- Sim...  certo, agora são 15:00 da tarde , qual seu nome?
- Yvan lautner.
Ela anotou algo em um papel e me entregou com uma chave.
- Quarto trinta e dois, oitavo andar temos café,  chá,  refrigerantes e mais! Logo servirmos o lanche da tarde. Fique a vontade !
- Obrigado.
Peguei o elevador para o oitavo andar enquanto eu seguia até o meu quarto, fui olhando em todas as portas até encontrar o número trinta e dois.
Depois de alguns minutos o encontrei, abri a porta e entrei.
Era um quarto bem sofisticado e confortável, em tons claros e uma cortina branca aberta que exibia uma linda vista para o mar.
Coloquei minha mala no chão e procurei a suíte.
Abri a porta e vi que a mesma também era linda e sofisticada.
Fechei a porta e tirei a roupa, abri o Box de vidro e liguei o chuveiro.
A água em temperatura natural percorria meu corpo todo, tirando meu cansaço carnal.
Porém,  o cansaço psicológico que eu estava tendo ainda continuava me martelando.
Ter perdido a minha princesa, por um vício !
Uma merda de um vício em álcool fez com que eu perdesse o amor da minha vida, a minha pequena Alice...
Em um piscar de olhos e tomado pela emoção de odiar a mim mesmo por um erro que cometi, dei um soco na parede e comecei a chorar.
- ME PERDOE, ALICE!!!
Eu gritei, desnorteado,  sem chão e morto por dentro.
Levei às mãos a cabeça enquanto as lágrimas caiam do meu rosto sem parar.
- Eu juro que não queria ter perdido você,  meu amor...
Passei vários minutos ali, chorando, fraco e quebrado por dentro.
E pensando no porque disso ter acontecido.
Mas... Eu devia estar feliz, a minha pequena tentou se matar, tomou muitos comprimidos e está viva.
Seria pior se... Ela estivesse morta.
Ela não se suicidou.
E ela vai ser feliz sem mim.

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