-Alice, querida? Desça para tomar seu café!-
A voz de minha mãe ecoou em meus ouvidos, me fazendo despertar devagar da cama macia e confortável em que eu estava deitada.
Me espreguiçei e bocejei, sentando- me na cama devagar.
A luz forte do sol entrou em meu quarto, me acordando com o calor do rio de janeiro, eu ainda estava lá.
Sim, faziam dois meses que sai do Brooklyn com ele e vim pra cá ver minha mãe.
É tão ruim ter que conviver com essas lembranças que vão me matando aos poucos.
Ele parecia me amar, estávamos felizes, porque isso aconteceu?
Idiota, ingênua, ninguém ama você Alice.
Ele mentiu, ele me iludiu como todos !
Me levantei da cama e me olhei no espelho.
Meus cabelos haviam crescido nesses meses em que passei triste e isolada por ele ter me deixado sozinha.
Estavam com pontas duplas, meu rosto já não era mais corado e lindo, e sim pálido e frio.
A mudança, o que ele fez em mim foi afetando não só por dentro, mas também por fora.
Eu o mandei embora, e ele assentiu, como se não se importasse em ir, e aquilo me machucou.
Lembro que amava acordar pela manhã, me arrumar bem e sair pra aproveitar o dia.
Mas a minha depressão tinha me consumido tanto até o ponto de me fazer parecer uma senhora mendiga da terceira idade.
Não tirei meu pijama, não penteei meu cabelo que já estava longo,nem ao menos lavei o rosto.
Apenas desci as escadas do meu quarto no apartamento de minha mãe e fui até a cozinha.- Bom dia, Querida! Achei que não fosse descer para tomar seu café-
Disse minha mãe enquanto estava de costas para mim.
Eu me sentei na cadeira grande e macia e joguei meu cabelo pra trás.
Ela se virou para mim e fez uma expressão de tristeza.- Você nem ao menos se arrumou minha menina! Minha nossa, olha esse cabelo.-
Revirei os olhos.
-Eu não ligo pra isso, Mãe.
Ela cruzou os braços e negou com a cabeça.
-Ah mas eu ligo! Suba para o quarto e vá se arrumar agora senhorita! Não vou permitir minha filha ficar assim por causa de um cafajeste!
Pulei pra trás com a palavra que minha mãe pronunciou sobre ele e a olhei.
-Mãe!
Ela veio até mim.
-Ele é um cafajeste sim! Ou você é contra isso, Alice coolin?
Neguei e me levantei da cadeira.
-Olha mãe, talvez eu não tenha sido boa o suficiente pra ele! Com licença, perdi a fome.
Eu disse já triste e subi para o quarto, mas minha mãe me interrompeu.
-Arrume-se em uma hora! Vamos ao cabeleleiro e às compras.
Sem me importar muito Assenti e continuei subindo as escadas até meu quarto.
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Mais Fria Que A Neve
Roman d'amourCÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!! DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS! Alice coolin sentiu a dor de ser machucada por quem mais amava, e resolveu se tornar totalmente diferente da garota doce e gentil que era, para superar o amor, que ela agora, diz ser um sentime...