🌬 Capítulo 11 - O Inverno Dói Na Alma 🐺

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Hento estava em um lugar quentinho, sua mente estava nublada de confusão, o que ele fazia ali?! ele se via deitando em lençóis de relvas coloridas, do nada ele sentiu mãos suaves tocar sua fronte. Ele voltou seus olhos e deparou com uma mulher misteriosa. Do corpo dela emanava uma áurea de energia, mesmo sem nunca tê-la visto, Hento sentia um certo conforto com o toque.

A misteriosa mulher encarou as obis azuis curiosas de Hento e sorriu, era estranho,pensou Hento, ele tinha a sensação de conhecer ela.

- Da última vez que te vi, eu disse até qualquer dia, nossa! Você estar tão grande. - Disse a deusa com olhos brilhantes.

- Você me conhece? - Hento ainda estava confuso.

- É claro! - A Deusa abriu um sorriso. - Eu fui uma das primeira a vê e segura você nos braços. Você já nasceu aprontando , seus pais que o diga, passaram um tremendo susto.

Hento levantou-se da relva e encarou a mulher com surpresa.

- Você é deusa!?

Ela abriu um lindo sorriso e afirmou. Hento continuou:

- Até agora eu pensava que você fosse uma invenção dos meus pais.

Então a lembrança veio como um golpe fatal, seus pais. O sorriso doce da sua mãe, os olhos amorosos e protetores do seu pai, seu irmão sempre era sério ,mais era um bom alfa. Seu melhor amigo , aquele que nunca o olhou como ômega ,mas sim como Hento desejava ser olhando. Aquilo tinha que ser uma mentira da sua irmã.

Hento se curvou no colo da deusa e gritou toda sua dor e desespero. A deusa passava as mãos suavemente pela cabeleira azul de Hento, numa tentativa de passa conforto ao ômega da lua. Ela não pediu calma, ela só deixou ele extravasar toda a dor que sentia.

- Nem tudo o que aparenta ser é verdade! - disse a deusa após Hento interrompe os gritos.

Hento que estava com o rosto inchado e vermelho de tanto chora ,olhou para ela.

- Eu fui um péssimo filho! Nem tive a chance de pedir perdão aos meus pais por tudo que fiz de errado.

- Seus pais te amam Hento. -revelou a deusa com voz suave.

- Amavam você quer dizer ? - Hento estranhou a deusa se referir aos seus pais ainda no presente.

- você é muito inteligente, não é por menos que seja um ômega da lua, ômega, você veio com um propósito nesse tempo,E estar perto de cumprir sua missão. Sempre foi forte e sabe disso, na hora certa você saberá de tudo, esteja preparado, pois sua missão estar perto de começar, e não se preocupe com sua família, confie em mim. Nos veremos em breve meu pequeno ômega da lua.

Ela deu um suave beijo na fronte de Hento e desapareceu da relva. A única certeza que Hento teve de que aquela conversa de fato era real, foi o cheiro da deusa. Ele acreditou nela, e iria esperar sua missão.

🌬🐺

Hento sentia vários beijinhos sendo espalhados por todo seu rosto. Ele relutava em abri os olhos, no fundo ele não queria que a realidade dos fatos o golpeasse novamente. Mas como não tinha alternativa, ele aos pouco o abriu.

Quem espalhava beijinhos delicados pelo seu rosto, era seu alfa. Assim que Nap viu que Hento acordou, deu um suspiro de alívio, Hento esteve desacordado por horas, desde que sua irmã anunciou a tragédia. Nap agiu o mais rápido possível, mandou que seus melhores sentinelas fosse até Manroar, em seguida pegou Hento em seus braços e o levou até o quarto de ambos.

- Bem-vindo de volta meu pequeno!- Nap sussurrou ,enquanto passava os dedos nas lagrimas que escorria silenciosamente dos olhos de Hento.

Hento por ter sua consciência de volta fugou e caiu em um pranto de lamento. Nap rapidamente o envolveu em seus braços e mimou seu ômega da melhor maneira que podia. A dor de Hento, doía na alma dele. De certa forma, Nap sentia-se impotente, ele não tinha uma mágica que pudesse apagar a dor que seu ômega sentia.

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