🌬 Capítulo 12 - Planejamento de Inverno 🐺

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Faltava três dias para um dos eventos mais importantes de Kurohk, o baile de inverno. A ocasião era uma verdadeira tradição para os Kurohk, principalmente para os ômegas, que se empenhavam ao extremo para fazer daquele momento único. Por toda parte do novo mundo se ouvia sobre o baile de inverno das terras de Nap, o alfa lúpus por sua vez , ficava orgulhoso de propor algo que de fato era festa mais importante da alcateia.

Hento estava sentando na cama, o ômega estava na companhia de um livro e rodeando por diversas comida, pelo terceiro dia consecutivo ele amanheceu enjoando e correu em disparada para banheiro. Nap levanta junto e corria para socorrer seu ômega, mas Hento sempre dava um jeito de expulsar Nap do banheiro, ele não queria que alfa o visse vomitando. Era vergonhoso demais. Assim as primeiras horas da manhã deles se resumia com Hento agachado vomitando horrores no vaso, e um alfa desesperado socado a porta do banheiro.

Depois Nap ia resolver assuntos importantes ,e Hento se sentia morto até por volta das 10 da manhã, horário que seu estômago finalmente dava sinal de vida e comia como alguém que estivesse há cinco anos vivendo em uma ilha deserta sem comida. Agora ele estava ali, com uma bandeja enorme de frago frito , chocolate , chá de gengibre, sim foi uma surpresa para ele mesmo sentir vontade de tomar chá de gengibre, ele só não surtou porque a maior surpresa foi uma vontade gritante de comer iogurte com salame.

Nap sempre arrumava um tempo livre para checar se estava tudo bem com Hento, ele notou a mudança no hábito do seu ômega, mas o alfa pensou que Hento estivesse estranho devido aos acontecimentos trágicos que ele vinha passando. Nap tentava a todo custo animar Hento, ele sempre chamava Hento para caçadar e até mesmo para treinar.

Hento levou Nap a pensar e a rever seus próprios conceitos. Sim, era o deve do alfa proteger o ômega, mas depois de muitos impasses, Nap se deu conta de que a maior proteção para Hento era do seu lado, o alfa lúpus viu que não teria problema Hento caçar do seu lado, e até mesmo treinar. Por se alfa lúpus, tudo que ele sentia era mais intenso, ele ainda precisava aprender a se controlar para assim não machucar mais o seu ômega.

Porém a estranheza de Hento também acontecia nesse quesito, sempre que Nap o convidava, Hento o recusava educadamente, o alfa sempre erguia o cenho em confusão. Aonde foi parar aquele ômega atrevido? Com os pensamentos conflitantes, Nap abriu a porta do quarto e sorriu amoroso com a cena em sua frente. Hento sentando de pernas cruzadas sobre a cama, lendo um livro e com a boca toda suja de comida. Pela deusa, aquele ômega era sua vida.

Lentamente Nap chegou até Hento e envolveu a cintura do mesmo entre seus braços, com o susto Hento gritou e Nap o deitou na cama fazendo cócegas no ômega que gargalhava com os olhos brilhando. Ali estava ele, pensou Nap, seu ômega de volta. Assim que o alfa viu que o ômega começava arfa, ele interrompeu as cócegas e beijou profundamente Hento.

Com a língua o alfa explorava cada cantinho da boca de Hento. Os suspiros e gemidos do ômega era como labaredas de fogo no corpo do alfa. Relutante, Nap desfez o contato, colou sua testa na de Hento e mergulhou nas profundezas azuis dos olhos do seu ômega.

- Como você está ? - Perguntou Nap preocupado .- Vi que passou mal pela manhã novamente.

- Estou bem! - disse Hento brincado com as pontas brancas do cabelo de Nap. Ele enrolava o cabelo do seu alfa no dedo e brincava distraído.

Nap desfez o contato e sentou-se na cama, ele estudou com cenho franzido à quantidade de comida que Hento comia aquele horário. Ele esticou a mão para pegar uma enorme coxa de frango.

- Ai! - Nap gritou quando Hento fincou suas garrinhas na mão dele.

- Minha comida!

Além Do Inverno ( ABO,  Literatura lgbt+ , MPREG)Onde histórias criam vida. Descubra agora