Capítulo 4 - O Mundo Obscuro

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Quando feixes de luz solar avançavam lentamente por sua cama, Dylan abriu os olhos, com um sentimento ansioso; e sorriu. Mais do que nunca, desejava andar um pouco pela floresta, sentir mais da natureza, observar animais que não tivera a oportunidade de ver na última vez; na verdade, além de querer estar próximo de seus melhores amigos, esse era um dos fatores que faziam Dylan ter desejado ir naquela viagem. E então ele saltou da cama e, em instantes, lavou o rosto no banheiro próximo de seu quarto e vestiu vestimentas quentes e reconfortantes, pois, embora ali no interior da casa estivesse calorento, era certo que lá fora, o clima estava de congelar o sangue.

Devo avisar a Sra. Akane?, perguntou-se Dylan que, no momento, estava à sala de estar, imaginando que, sem dúvidas, ela e os outros estavam dormindo.

Não, não irei incomodá-los., pensou.

Ainda assim, imaginou que deixar um bilhete seria uma boa, porém, não tinha muita certeza de que tivesse trazido uma caneta. Entretanto, voltando ao quarto, por sorte, houvera colocado uma caneta na mala, o que o permitiu escrever um breve aviso:

- Sra. Akane, como estava dormindo e os outros também, não pude avisá-la de que iria sair à floresta - começou Dylan, baixinho, à medida que escrevia. Sua caligrafia era fina e levemente inclinada à direita. - Não obstante, resolvi deixar este bilhete à porta do meu quarto, garantindo-lhe que não irei para além da propriedade Taylor. Dylan. - Ele finalizou e, em seguida, caminhou à porta de seu quarto, onde pôde deixar o bilhete à vista.

Então se afastou enquanto fitava o evidente bilhete na porta. A saída da casa dava para a direita de seu quarto, tentou sair fazendo o mínimo de barulho ao abrir e fechar a porta. Da escada da sacada, ele fitou a floresta e fungou o ar enquanto fechava os olhos e, estranhamente, se recordava de que, na verdade, nascera no Canadá, e talvez isso fosse apenas mais um fator do porque gostava tanto daquele país, embora fosse apenas sua segunda vez ali em viagem.

Ele logo desceu da sacada e seguiu floresta adentro; a brisa matinal soprava tão gélida, como imaginara que seria, que ele tinha suas mãos escondidas aos bolsos de seu moletom. O céu estava azul perpassado por outras cores da aurora, com nuvens tênues que pairavam logo acima de Dylan, e pequenos fiapos aqui e ainda maiores e enegrecidos acolá, onde o sol subia e subia sobre as montanhas, irradiando o céu.

No caminho tortuoso e que o solo ainda descongelava com a chegada do verão, Dylan sentia uma energia o atrair cada vez mais para o interior da floresta, em que, aqui e ali, as árvores coníferas exalavam um cheiro doce e agradável, junto de vegetação rasteira bem vivas. Vez ou outra, no caminho, pequenos animais surgiam e logo sumiam de sua vista.

Após alguns minutos, Dylan alcançou o pé de um morro, e ficou contagiado pelo desejo de ter uma boa visão da floresta e além, se pudesse. Seguiu subindo em direção à vértice, precisando retirar as mãos escondidas no bolso, para, vez ou outra, não acabar caindo. Foi satisfatório para Dylan atingir a vértice morro, o oeste dava para sua direita, o sol ainda mais alto. Aqui e ali, no morro, muitas pedras pálidas mais a borda.

Dylan caminhou a borda do morro, de forma a ficar em frente ao sol que surgia no horizonte. Sua visão ia sobre as árvores coníferas e além, de modo que podia observar casas, outros cerros adjacentes e as montanhas. Achou que seria um bom local para uma foto com os amigos, e talvez fosse uma boa trazer eles ali, se possível. Seu cabelo ondulado sendo soprado pelo vento, enquanto que sorria em uma expressão de encanto pela visão que tinha da paisagem.

O Guerreiro do Amanhã: Jornada nas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora