Em seu esforço para ajudar os amigos, seguiu em meio à floresta que ficava mais afastada do lago, com os amigos à sua frente. O calor produzido por seu corpo, devido ao grande esforço recente, ia diminuindo, e o suor ia secando sobre sua pele, fazendo-o sentir o frio cortante daquela área, que também havia muitos sinais de que sofrera com a chuva de mais cedo. E Dylan, embora soubesse que seus amigos sabiam lidar bem com isso, achou que seria difícil de se fazer uma fogueira agora, e nem sabia como Ahsley poderia estar indo, em sua tentativa de pegar alguns peixes.
Pararam diante de uma fenda, cuja largura separava a elevação rochosa em duas partes, e acharam que ali seria o ideal para evitar a propagação de luz, embora ficasse consideravelmente distante do rio, em meio à floresta.
Aliás, a luminosidade do dia parecia já se indo quando Dylan olhou para cima, enquanto seus amigos comentavam sobre onde achar boas madeiras para uma fácil combustão. E curioso sobre o quão devia percorrido no dia, pegou o mapa no bolso fundo de seu moletom, e abrindo-o com as mãos trêmulas, foi tomado por uma surpresa. Se no primeiro dia conseguiram fazer entre noventa e cento e quinze milhas, e depois não muito mais do que isso, achou que, devido àquela fuga, devessem ter locomovido entre duzentos e duzentos e vinte milhas. E, embora tivesse de fato perdido a noção do tempo durante isso, Dylan tinha certeza de que não muitas horas deveriam ter se passado, a luminosidade do dia caíra, mas, ainda assim, faltava um tempo para o que seria noite. Um feito difícil até para um atleta do tipo maratonista, e se perguntou se já não seriam mais humanos normais.
- Ah, merda - esbravejou Lauren, olhando o interior de seu recipiente, em suas mãos. - As brasas morreram.
E, ouvindo àquilo, Dylan pareceu voltar a si, prestando atenção ao que diziam seus amigos.
- Era só o que nos faltava - resmungou Andrik, passando as mãos no longo cabelo, a fim de aliviar o estresse.
- Deve ter sido em algum momento depois que começamos a correr das criaturas - comentou Dylan, com tristeza. - Mas o mais importante, devemos usar a água, para aliviar essa coceira em nossas peles, acabar com a vermelhidão e voltar a passar a terra úmida, como havíamos combinado. - Ponderou, à medida que fechava e guardava o mapa. - Imagino agora que, com o suor liberado por nossos corpos, não fique tão difícil para aquelas criaturas encontrarem nosso cheiro, uma vez que não está mais com odor da terra úmida e estará em constante locomoção. Mas, claro, como você observou Andrik, esse método pode não estar sendo efetivo.
- Sim, mas é bom fazermos isso mais uma vez. Mas acho que devemos ir chamar a... - E a voz de Andrik teve uma pausa, pois Ahsley estava vindo em sua direção quando ele estava prestes a se referir a ela.
Dylan voltou sua atenção às costas, vendo-a se aproximar. A garota trazia peixes consigo. Três deles.
Quando parou próximo, notaram que Ahsley já houvera passado terra úmida sobre o corpo.- Ahsley, íamos primeiramente usar a água para aliviar os sintomas de coceira, tem... - A voz de Lauren parou, quando, de alguma forma, Ahsley a fez entender que não iria querer usar a água. - Você ficará bem sem isso? - indagou Lauren, com uma expressão de quem não parecia convencida com a posição de Ahsley.
E ela assentiu suavemente, com um movimento da cabeça.
- Ela é a que menos sofreu com coceira, portanto, pode ser inteligente da parte não querer usar a água - comentou Andrik. - Mas, ainda assim, deixaremos um pouco, para caso algo der errado.
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O Guerreiro do Amanhã: Jornada nas Sombras
FantasyA Grande Calamidade, um evento sombrio e inevitável, nunca esteve tão próxima quanto agora. A malícia se alastra nas sombras, à medida que o medo cresce nos que sabem do que está por vir. E agora, forças têm agido, para o bem ou o mal, para a espera...