Capítulo 7 - O Plano de Andrik

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- O que você quer dizer com "mais parecia um campo de batalha"? - enfatizou Dylan, curioso.

Andrik cruzou os braços, franzindo o cenho.

- Bom, tinha inúmeros restos mortais - explicou Andrik, sério. - E lá, Dylan, havia muitos armamentos, como espadas e escudos - informou ele, desviando um olhar ao garoto.

Dylan escutou atentamente às informações. Voltou, então, o olhar para o mapa, com o cenho franzido. Estava cada mais próximo de uma conclusão sobre suas deduções - Baldwin, seu mestre, o fez parar naquele lugar... Mas como?, ele voltou a se perguntar.

E, na verdade, Dylan forçou-se a acreditar que tudo podia ser uma mera coincidência, que parou ali por acidente. Sua mente viajou em pensamentos rápidos, possibilidades e mais deduções. Os indícios, no entanto, estavam tão claros, que seria ingenuidade desconsiderar que, no mínimo, seu mestre tivesse algo a ver com aquilo, com tudo que estava acontecendo a ele.

Não, não era hora de pensar nisso., dizia mentalmente a si mesmo, irritado. Mas como escapar de pensamentos tão obsessivos?

Talvez, Baldwin, lhe tivesse sido tão bondoso, que Dylan não notou perigo em certas coisas, porém, se era certo que fora induzido a estar ali, não duvidaria que houvesse uma boa razão para ele tê-lo feito, ainda que Dylan não tivesse total certeza.

Será que... perguntava-se Dylan, sentindo-se tomado por novos pensamentos.

Não, não iria deduzir novas coisas... Não precisava gastar energia com isso, agora. E, procurando tomar fôlego para se acalmar, Dylan, voltou a analisar o mapa e antes que voltasse a sentir um leve frio na barriga, ele, por fim, abriu a boca para uma fala:

- Onde... fica esse lugar, Andrik? - perguntou, com certa dificuldade na voz.

No momento seguinte, torceu para ninguém ter estranhado o que ocorrera.

- Você está bem, Dylan? - perguntou Lauren, aproximando-se. Sua voz em um tom de preocupação.

Dylan maneou a cabeça em um gesto de quem dizia que sim, estava bem, mas notou que Lauren não se convenceu.

Andrik aproximou-se.

- Não tenho certeza, mas fica mais ou menos nessa região - indicou com um dedo no mapa.

Dylan notou Andrik pôr a mão sobre a ilustração de uma floresta, na qual ficava no sentido noroeste do mapa, em que, um pouco abaixo, havia "Árldenheim" perfeitamente escrito e lustroso. Sua memória não estava totalmente certa, mas era correto afirmar que o significado se aproximasse de sabedora, ou, talvez, fosse precisamente isso.

- Acho que Árldenheim significa algo como Domicílio das Sabedoras. - Dylan informou, sério.

- Você sabe ler o idioma do mapa? - indagou Lauren, em um tom de surpresa.

- É complicado, mas, sim, consigo ler, embora não perfeitamente - Dylan retrucou, olhando-a.

Lauren demonstrou um quê de estranheza e medo, mas ficou no silêncio.

- Se for isso mesmo, o nome faz sentido, considerando umas coisas estranhas pelas quais passamos - comentou Andrik, e havia preocupação em sua voz.

O Guerreiro do Amanhã: Jornada nas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora