Capítulo 5

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JADE PRADO

JADE PRADO

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“As suas queixas são desprezíveis, ingratas, e eu não as suportarei.”
— Anne with an E

   

   

      Minha mãe sempre disse que era uma menina incomum,que tinha uma alma de camaleão.
  Nunca soube ficar na rotina,uma vez que rotina me cansava e significava prisão para mim.
  É desta forma que me sinto agora.

Presa.

—Sinto sua falta,mamãe.— olhei para uma estrela que brilhava mais que as outras.

    Queria que ela estivesse aqui,porque somente minha mãe saberia o que fazer ou como fazer.
  Meu pai ao menos me mandou mensagem sobre o ocorrido e esse desinteresse um dia me machucou,porém não mais.
 
  Lulu quase surtou ao me ver estampando tablóides.Não contei a ela que era um terrível engano e que logo estaria divorciada.

    Um cheiro maravilhoso perpetuou em meio ao ambiente.Um perfume extremamente familiar,mas ao mesmo tempo tão desconhecido.
  

—Oi.— Dom se aproxima.

    Estava debruçada no parapeito do apartamento.Vendo as luzes do céu estrelado da capital.
   O céu escuro cheios de ponto de luzes brilhantes,como se um artista tivesse derrubado um pote de glitter em um manto preto azulado.

—Olá.— volto a olhar para a cidade iluminada.

   Dom era lindo.A jaqueta de couro preta moldando seus bíceps grossos e malhados.
   Os cabelos semi molhados do banho me incitavam a tocá-los para ver se eram tão sedosos quanto pareciam ser

—Não tivemos muito tempo para conversar.— imita a minha posição.

—Sim,tivemos.Só não queria forçar nada.— afirmo —Estou em seu território.Não quero ser indesejada.

    Escuto o silêncio em resposta.Escuto a engrenagem do homem ao meu lado se moverem ligeiramente para iniciar uma conversa decente.Mas,o que falar nesta situação?
   Os pais dele haviam partido para sua própria casa e os irmãos estavam fora para curtir.
  Poderíamos falar sobre tudo ao mesmo tempo que não se poderia falar nada.

—Você ao menos se lembra de alguma coisa?— indaga ele.

   Maneio a cabeça em negativo.

Quase CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora