Jade Prado é uma mulher guerreira,uma amante dos livros, louca por signos e uma ótima escritora.
Estar casada do dia para noite sempre foi algo irreal em sua concepção,digno que livros que ela tanto lia.
A única coisa que Jade não esperava era...
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"O senhor não vê. Quem ela é. Quem ela poderia ser." — Você Nem Imagina
Trancafiada em meu novo escritório,passei horas a fio trabalhando no livro.Meu novo chefe estava mais empolgado que eu para as atualizações de ideias. Deveria mandar mais algumas páginas para ele,mas fiquei com um mega bloqueio.
Às vezes tudo que preciso é ficar sozinha,em uma conversa com meu Eu interno.Concentrei nas palavras do capítulo do rascunho,mas não tinha inspiração suficiente.
Levanto da cadeira com a bunda doendo por ficar muito tempo na mesma posição.Estiquei a coluna e sons embaixo da minha sacada me despertam a curiosidade. Aproximo da janela e observo a movimentação no Jardim.
Senhor Jaime,o jardineiro da mansão,podava alguns arbustos em formato diferentes.Era ele o responsável das criações perfeitas nas copas das árvores e arbustos do Jardim. Mas outro ser chamou minha atenção.Com roupas simples e de galochas nos pés,Dom plantava algumas mudas de tulipas holandesas— minha flor favorita.
Comprimi os lábios,pensativa.Por que ele plantaria tulipas no jardim?
Analiso o homem.Trajado com roupas simples,Dom se curvava e deixava algumas mudas de flores em buracos que outrora foram abertos.
Dom poderia ser facilmente comparado a um brutamontes por conta de seu porte físico,mas desafiava a Lei Tênue entre Delicadeza e Força. Era nítido seu esforço para não esmagar alguns ramos de flores que plantava.
De repente,ele olhou em minha direção.A vontade era abaixar feito uma adolescente de filme que foi pega babando no carinha,mas contive-me.
Não sei se foi a sensação de ver seus músculos se contraindo,ou o suor que brotava no topo de sua testa ou as mãos grandes naquelas luvas,mas por tudo que é mais sagrado,a visão que ele me proporciona inicia um ciclo sem fim de excitação.
Dominik aponta o dedo para baixo e me convida a ir ao seu encontro.
Levanto um livro,reforçando que não havia saído do trabalho.Murmurei um "sinto muito,Dom" e ele ergue os ombros,me dando um sorriso tímido.
Timidez não fazia o estilo do Confiante Dom Becker.Mas,quando ele abriu esse sorriso tímido em meio ao Jardim,uma onda de inspiração se apoderou de meu ser.
Dei um sorriso e voltei a escrever.Desta vez,as palavras saem tão fáceis e leves que poderia facilmente dedicá-las a um certo alguém.
❤❤
Os trovões rasgavam os céus.O relógio grande na parede marcava pouco mais de 11 da noite.O cansaço me vencia e lentamente estava caindo no sono. Dou de cara com uma silhueta parada no meio do meu quarto.