O blefe

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A acompanhante ideal para um bilionário não era exatamente uma stripper e prostituta de Camden, mas Stephanie cumpria todos os requisitos que Christian Dreyfus gostava no sexo.

Ela poderia ser tão insaciável quanto ele. E não exigia ver e ser vista nos mesmos lugares, nas festas, sequer queria joias caras. Apenas sexo e o dinheiro do programa. E era disso que ele gostava: uma mulher que não fazia exigências.

Deitado na cama king size que possuía dentro de seu apartamento funcional em Londres, cuja janela de vidro ia do chão ao teto oferecendo uma vista espetacular de toda a cidade, ele apreciava a dança sensual de Stephanie, que colocou "Naughty Girl" para tocar enquanto mexia-se na cadeira, levantava-se esfregando os quadris no recosto e depois, terminava seu número em pé, usando apenas um salto finíssimo todo preto e luvas de renda.

Os cabelos crespos desciam livres pelas costas, e sua maquiagem era esfumaçada apenas nos olhos, com os cílios postiços dando um ar mais expressivo a todo seu rosto. Christian olhava o corpo firme e torneado de uma perfeita bailarina, e não queria esperar mais.

- Gostou do show?

- Gosto quando faz outro tipo de dança. Vem cá.

Ela se aproximou sensualmente, engatinhando na cama até o amante, que já tinha deixado o membro protegido por uma camisinha, preparado para ela. Enquanto a música continuava a tocar, ela sentou-se em seu colo, deslizando sensualmente até o pênis de Christian, e rebolando ao som da faixa. Ao mesmo tempo, ele segurava em sua cintura, urrando de olhos fechados, numa dança que só eles conheciam.

Os movimentos eram mais rápidos, e Christian abriu os olhos, contemplando Stephanie gemer seu nome e gritando "mais, mais", e ele responder para o deleite da mulher. Logo ele se levantou, segurando-a pela cintura e a levando até a janela envidraçada.

- Adoro quando você me come olhando para a cidade.

Christian apenas deu um sorriso torto.

Ele a colocou de frente para a janela, o calor do corpo nu de Stephanie em contraste com a frieza do vidro, e numa investida só, penetrou Stephanie e retomou suas estocadas, firmes, sem parar, apenas aumentando a velocidade. Apenas Stephanie gritava, "isso, gostoso, mais forte..." e ele não respondia, como sempre. Christian gostava de vê-las gemendo, pedindo, implorando por mais uma investida, mais uma foda. Porque no fim, todas elas queriam apenas duas coisas dele.

Foda e dinheiro.

Mas ao menos, Stephanie era sincera em seus objetivos, e regiamente bem paga por eles.

Após mais uma maratona de sexo na banheira da suíte, Christian tomou banho em outro cômodo do apartamento, deixando Stephanie livre para se arrumar. Separou as dez mil libras que ela sempre levava nos encontros na mesa do café, e logo ouviu os passos sinuosos do salto alto, e a mulher que caminhava com eles.

Os cabelos já estavam amarrados num rabo-de-cavalo que caía no colo, e o vestido preto, transpassado e amarrado na cintura, era bastante discreto, mas ele sabia esconder o sutiã de renda e a calcinha pequena, que escondia mais do que mostrava.

Stephanie passou por Christian, bastante informal com uma camisa branca e calça mais larga e pegou a quantia na mesa.

- Boa noite, Stephanie. O taxista já deve estar esperando.

- Naturalmente. – disse ela, sorrindo. Mas não saiu na mesma hora, e sim contou cada nota e disse:

- Isso não será mais o suficiente, Christian Dreyfus.

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