VIII - Sobre Pirulitos e Pijamas

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Capítulo terça porque quinta passada eu não apareci. Boa leitura!
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O filme que mãe e filha assistiam havia chego ao final, logo Ruby foi escovar os dentes enquanto sua mãe arrumava as coisas na cozinha. Mal sabiam as duas que uma das dezenas de cópias de Otis, disfarçado como o agente Woods, atravessou a portaria daquele prédio lotado de agentes sem ser notado por qualquer um deles. Subia pelo elevador e atravessava cada esquina daquele andar livre de qualquer empecilho.

A parte difícil para o então agente Woods seria chegar ao apartamento de Samantha, já que a ordem imposta pela diretora Danvers dizia que mãe e filha deveriam ser deixadas em paz, sem visitas a seu apartamento feita por qualquer agente, ou seja, não poderia simplesmente entrar pela porta principal, isso causaria desconfiança e atrapalharia seus deveres, mas a voz em seu ouvido, que instruía cada um de seus passos com maestria, como se pudesse vizualizar cada cena, logo lhe apresentou uma solução. Eram quatro agentes naquele corredor, o último que precisava ser atravessado. Enquanto mascarado como Woods, o homem possuía um elemento surpresa, e poderia usá-lo para livrar-se de um dos agentes, chamando a atenção dos outros três apenas após o primeiro ataque. Sua força, que a este ponto era um tanto sobrehumana, poderia lidar com outros três homens, e seu corpo, mesmo que não fosse impenetrável tal qual o da Supergirl, aguentaria um ou outro ferimento causado por armas de fogo, e assim o plano de sua mandante teve início.

- Woods, você não devia estar na saída do elevador? - Um dos agentes que vigiavam aquele corredor perguntou.

- Houve um imprevisto. - Ele respondeu.

Antes que qualquer um pudesse prever, o agente curioso que sabia demais sobre a posição em que cada um deveria estar, teve seu corpo empurrado com força contra a parede e caiu desmaiado, e o previsto aconteceu, os outros agentes o atacaram. No entanto, algo que não foi calculado ou sequer pensado como possibilidade pelo incrível cérebro humano de sua mandante aconteceu. O barulho emitido pelo bater de um corpo com tanta força contra a parede de concreto do prédio foi alto o suficiente para que Samantha, enquanto desligava as luzes da sala, escutasse. Sua curiosidade foi também sua melhor salvadora, pois aquele não foi o único som que escutou. A mulher caminhou até a porta e abriu uma pequena fresta, encarando a algazarra de socos e chutes entre os quatro homens de pé no corredor, e pôde ver também, mesmo que só um pouco, um corpo no chão. Seu sangue gelou dentro das veias.

Num impulso desesperado, Samantha pegou seu celular e rumou para o quarto de Ruby, fazendo a menina, que já havia se deitado para dormir, levantar. Ordenou que fosse para o banheiro da suíte em seu quarto, trancasse a porta e só abrisse caso sua mãe ou a diretora Danvers chamassem. Enquanto isso, andava de um lado para o outro em seu quarto, também com a porta trancada, tentando entrar em contato com a tal diretora. Algo havia dado seriamente errado em seu projeto de segurança.

- Vamos, atende, atende. - Disse para o telefone, impaciente e nervosa. - Danvers! - Exclamou quando ouviu a voz sonolenta de Alex do outro lado.

- Samantha, está... - Um bocejo interrompeu Alex e a CFO não perdeu tempo, pôs-se a explicar tudo.

- Alex, tem alguma coisa acontecendo no corredor, seus agentes, eles estão brigando com alguém e um deles está no chão, céus, eu nem sei se ele está vivo! Você pode dizer o que está acontecendo?!

Após a enxurrada de informações, Alex já estava de pé. Felizmente, estava ao lado de Kara no sofá, as duas estavam indo dormir e naquela noite a ruiva ficaria com a irmã para que fossem juntas ao DOE na manhã seguinte. A loira escutou tudo que foi dito por Samantha e rapidamente vestiu seu traje, Supergirl já estava pronta para qualquer coisa quando Alex enfim desligou o celular e se pôs a calçar suas botas.

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