XVII - K. D., Não Se Atreva!

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Em primeiro lugar, OBRIGADA POR 1K DE LIKES; em segundo, não desistam do capítulo no começo; e por último, mas não menos importante: esse é o penúltimo capítulo de Alura, não sei se estou pronta para soltar a mão :(

De qualquer forma, feliz sexta-feira e perdão pelo atraso.
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Lena não sabia exatamente onde estava, mas sabia que era alguma parte do DOE, o logotipo que estampava a porta branca não negava. A cabeça da Luthor doía, do mesmo modo que suas costas, mas supôs que fosse pelo baque da explosão — só então notou o mais importante, não estava morta. Seus olhos, que antes lutavam para abrir, agora estavam arregalados. Aquilo só podia significar duas coisas: Kara Zor-El havia tornado-se imune à kryptonita ou tudo não passou de uma grande alucinação. Ela resolveu investigar.

Sua mão removeu, com delicadeza, o acesso que guiava o soro do recipiente de plástico transparente até seu braço. Seus pés tocaram o chão frio do departamento, pois ela não encontrou sapatos. Lena sentiu algo incomodar acima de sua sobrancelha, e quando tocou, descobriu um pequeno curativo. Talvez não tivesse sido uma alucinação, já que possuía feridas. Ela precisava ter certeza de mais coisas para tirar mais conclusões.

Não foi difícil se localizar pelos corredores do DOE, havia placas indicando onde devia virar para chegar aos painéis de monitoramento, que escadas descer ou subir. Não demorou até que estivesse no salão principal, onde tudo parecia correr normalmente, como se uma mansão não houvesse explodido há…?

Lena não fazia ideia de que dia era aquele.

Lembrava-se de ter ido até a mansão Luthor durante o começo da manhã, mas a luz do Sol que entrava pela sacada parecia matinal, como o começo de um novo dia. Ela não lembrava de ter ido dormir.

Lena parou um dos agentes, que circulavam sem prestar atenção em qualquer coisa que não fizesse parte das ordens dadas por sua diretora. Foi justamente por ela que a Luthor perguntou. — Ela está no escritório, senhorita Luthor. Suba a escada a esquerda e encontrará uma sala com paredes de vidro — o agente informou, parecendo assustado, talvez com a aparição repentina da Luthor.

Lena seguiu as instruções, não tinha outra opção, precisava entender o que diabos havia acontecido.

Estranhamente, seu coração estava calmo. Talvez por ter se prendido ao que sua mãe disse: os kryptonianos nunca morrem. Verdadeiramente, esperava que Lillian estivesse certa.

Parando em frente a uma sala com vidro transparente, Lena viu algo estranho. Era Alex Danvers cantando para Julia, balançando-a lentamente, tentando acalmá-la — e falhando miseravelmente, pois aquele caminho só levava a algum lugar quando percorrido por Kara.

A Luthor não viu problema em entrar sem bater e acabou assustando a diretora, que arregalou seus olhos e firmou seus braços sobre Julia antes de reparar que era Lena. — Céus, você parece uma assombração, Luthor.

Lena, como de costume, ignorou o comentário e ergueu seus braços, esperando que Alex lhe entregasse a pequena cabeluda. — A tia Alex não faz ideia de como lidar com você, não é? Eu sei.

Alex Danvers revirou seus olhos, mas Lena tinha razão. A menina só estava verdadeiramente bem quando estava com uma das mães. — Como você está?

— Minha cabeça e minhas costas doem. O que aconteceu? Eu não lembro de ter ido dormir. Suponho que, se eu estou aqui, sua irmã também está. Onde?

Lena mantinha seus olhos sobre a menina em seu colo, por isso não acompanhou os olhos de Alex caindo, tristemente. O silêncio demorado acabou chamando atenção o suficiente.

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