Boa leitura, já é quinta-feira!
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Algo estava errado.
O prédio estava em chamas.
Julia estava em perigo.
Ela correu com sua filha nos braços para a porta de seu apartamento, no quadragésimo nono andar, e quando Andrea abriu a porta, um homem estava em sua porta, como um rosto nem um pouco amigável e uma arma.
- Não ouse se aproximar da minha filha - Andrea disse séria, dando passos para trás, lembrando que havia uma arma em seu quarto. Nada que ela pudesse pegar agora, nada que alguém lembrasse saindo de um prédio em chamas.
- Acredite, eu não quero fazer isto - o homem moreno, de olhos castanhos e alto disse. - Mas é o meu trabalho, senhorita Rojas, e eu fui mandado para cumpri-lo.
Andrea não raciocinava mais. Seu coração não estava batendo corretamente, a adrenalina que corria por suas veias poderia ser sentida na superfície de sua pele se alguém a tocasse, e, para melhorar, Julia começou a chorar. Ela parou de dar passos para trás porque esbarrou na pequena mesa que ficava ao lado de seu sofá. Havia um vaso de vidro ali, cilíndrico e perfeito para atingir o homem, mas não havia algo que pudesse distraí-lo para que ela o atingisse certeiramente. Felizmente, ele era um idiota incompetente, aparentemente.
Quando o homem deu as costas, tolo e ingênuo, com um isqueiro aceso em uma das mãos, Andrea não perdeu a oportunidade e o atingiu na nuca.
Mandaram um idiota atrás de Andrea Rojas, mas o problema agora era outro, o fogo.
Não existia a mínima possibilidade de descer pelas escadas, tudo estava em chamas e quente. Ela ligou para os bombeiros avisando que estava no penúltimo andar e com uma criança, que precisava de ajuda, porque o fogo a cercava.
[...]
Em minutos, o fogo chegou a sua casa e consumiu tudo ao seu redor. Ela foi para o seu quarto em busca da arma, e a encontrou, saiu de lá rapidamente por ter encontrado também muito fogo.
Ela voltou para a sala, ficando ao lado com corpo, agora morto do homem, não devido ao vaso, mas ao tiro que ela deu em seu peito sem qualquer tipo de remorso. Havia muita fumaça e uma garrafa d'água com dois dedos de água, esquecida na última noite enquanto ela assistia televisão. Tudo tão distante agora. Ela rasgou um pedaço de sua blusa e encharcou com a água, colocando sobre o rosto de sua pequena Julia.
Naquele momento, Andrea se arrependeu profundamente de não ter avisado a Lena ou a Sam sobre Julia. A Rojas sabia que não sobreviveria, faria o possível para tentar salvar Julia, mas quem garantiria qualquer futuro a pequena? Mesmo com os advogados ou quaisquer documentos, tudo estava em chamas agora. Andrea apenas escondeu Julia sobre seu colo e rezou para qualquer um que a escutasse para que pelo menos ela sobrevivesse. Também se arrependeu de ter matado alguém antes de sua palpável morte, pois "qualquer coisa que a escutasse" mandou alguém.
Supergirl arrastou uma parede inteira, visualizou um corpo e Andrea de pé a estendendo Julia. Ela entregou sua pequena e-.
Supergirl só escutava um coração naquela sala.
[...]
Lena estava trabalhando ininterruptamente naquela manhã, do mesmo jeito que estava na última tarde, noite e madrugada, preocupada com a transferência da L-Corp para National City, onde estaria definitivamente emancipada de Lex e próxima de Andrea novamente. Esteve tão concentrada em seu trabalho e tão distante de seu celular, que não ficou sabendo dos incêndios do último dia e as cheias da última madrugada, até que April, sua assistente, anunciasse que a CFO de Andrea Rojas estava ali.
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Alura
FanfictionConcluída || Onde, numa das noites em Kara Danvers estava atuando como Supergirl, uma criança torna-se órfã. Após dias cuidando da menina, a repórter é contatada por sua parente mais próxima - Lena Luthor. || Fanfic Supercorp.