XIV - Kara Danvers Pensa Demais

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como o dito:

feliz quarta-feira!!
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Lena Luthor e Kara Danvers ficaram no hospital com sua filha. As duas sequer pregaram os olhos, por mais que Arizona Robbins lhes dissesse que tudo estava sob controle. Segundo ela, Alura estava com pneumonia, seria tratada e monitorada pelas próximas quarenta e oito horas, se tudo corresse corretamente, ganharia alta. Mas a Luthor não sabia se queria voltar para casa com a menina. Ela cuidou de todo o necessário para que nada acontecesse a garota, vacinas, alimentação e outras centenas de coisas que poderiam fazer com que ficasse doente, e ainda assim, nada pareceu suficiente para evitar que estivessem num quarto de hospital agora. Não queria voltar para casa, talvez algo ali tivesse deixado sua garota doente, por mais que a médica lhe dissesse que a pneumonia fora causada porque a garota esteve gripada antes, Lena não conseguia acreditar. E notando a feição triste e cansada da morena, Kara Danvers sabia exatamente o que dizer. - Isso não é tua culpa.

A Luthor não a encarou, estava sentada na poltrona do quarto e virou seu rosto para a janela. Seus olhos estavam cheios d'água e olhar para Kara Danvers, que tentava disfarçar, mas sentia dor pelo corte feito pela kryptonita, só faria seu sentimento de culpa crescer. Mas a loira era insistente quando tratava-se de Lena Luthor. Conhecendo a morena o suficiente para saber que apenas aquelas palavras bastariam e qualquer adicional só a faria sentir-se pressionada, Kara levantou do sofá nem um pouco confortável em que estava e foi até a poltrona de Lena. - O que está fazendo? - A Luthor perguntou quando viu a loira a sua frente. - Chegue para o lado. - Kara pediu.

Lena obedeceu, sem mais delongas, não estava com disposição para discordar da repórter e iniciar um debate, mas seus olhos ainda não encaravam os de Kara. A Luthor não reclamou da ação da loira, não negaria que o calor do corpo da kryptoniana trazia conforto e que seu silêncio trazia mais ainda. Kara infiltrou-se na poltrona de forma que Lena estivesse sobre suas pernas, de lado. A cabeça da Luthor pendia sobre um dos ombros da loira, enquanto os braços de Kara cobriam sua cintura. O coração de Lena acalmou-se, pelo menos um pouco, e a loira podia escutar isso. - Ela vai ficar bem. - Kara afirmou. - Eu espero. - Ganhou como resposta.

As duas ficaram em silêncio por mais algum tempo, até que Lena escutasse a baixa reclamação dolorosa de Kara. Rapidamente afastou seu corpo do tronco da loira. - O que houve? - Perguntou preocupada.

- Não é nada, só não tive tempo para ficar debaixo das lâmpadas de Sol ontem. - A Luthor a encarou hesitante, queria deitar em seu colo novamente, mas tinha medo de machucá-la, porém também não queria sair do conforto de Kara e ir para o sofá. Por fim, Lena fez o que achou correto, levantou das pernas da loira, deixando-a sem qualquer apoio. - Onde está indo? - Kara perguntou. - Você está com ferimentos abertos, eu não devia estar em cima de você, Kara.

O rosto preocupado da loira agora também encontrava-se indignado. - Eu não estou com dor, volte aqui. - E Lena, sem qualquer pretensão de negar, voltou. - Só não encoste nesta costela. - Kara apontou. Lena apenas concordou e continuou deitada sobre o colo da kryptoniana. E dentro daqueles braços, a morena notou o quão frágeis eram suas angústias quando não estava só. Kara Danvers havia prometido a Julia que não a deixaria sozinha, acabou exercendo sua promessa com as duas Luthor.

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Naquela manhã, os agentes de Alex Danvers foram atrás de Lillian Luthor em seu apartamento. A mulher foi levada para o DOE a pedido da diretora, que precisava saber se a teoria de sua irmã fazia qualquer sentido. A matriarca da família Luthor estava, mais uma vez, numa sala de interrogatório com Alex Danvers.

- O que você não conseguiu descobrir desta vez? - Lillian perguntou quando viu a ruiva entrar pela porta. - Lillian, hoje não é um bom dia para provocações. - E a Luthor sabia. Ligara para Lena algumas horas após ter deixado o prédio. Supôs que a ruiva estivesse com seus olhos cansados pelo mesmo motivo.

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