XVIII - Nunca Estariam Sozinhas

6.2K 534 546
                                    

Antes de tudo, obrigada pelos 10k de leituras, eu fiquei muito feliz vendo aqui. Agora, esse é o último capítulo (perdi a conta do tempo de atraso) então... Espero que gostem.

Feliz sexta-feira, aproveitem!
.
.
.
Nos primeiros dias após sua saída do DOE, Kara Danvers foi praticamente obrigada a ficar no apartamento de Lena Luthor. A morena não a deixou dormir sozinha nenhuma noite sequer — e ela jamais reclamaria por isso. Numa dessas noites, quando Lena estava deitada sobre seu peito e elas conversaram, Kara se perguntou como seria quando Lena não estivesse mais tão preocupada com sua saúde, já que a Luthor usou isso como desculpa para tê-la por perto, mesmo que a kryptoniana e Alex afirmassem que estava tudo bem.

— E eu me pergunto todos os dias como a Samantha e a Ruby aturam a sua irmã com tanta facilidade — Lena disse, retomando a atenção da loira. — Kara?

— Sim?

— Está tudo bem? Você está quieta.

Kara a encarou, estava tudo bem. Ela não se sentia bem assim há semanas. Ela só queria continuar se sentindo bem daquela forma para além daqueles dias, não queria voltar para seu apartamento, sem o cheiro das coisas malucas que Lena estava cozinhando ultimamente e sem o choro de Alura para acordá-la. E a cama de Lena Luthor era tão confortável.

— Sim, está tudo bem, meu amor — ela beijou a testa da Luthor. — Eu só estou… Pensando.

— Sobre?

Ela não queria dizer a Lena que gostaria que morassem juntas, porque parecia rápido demais em sua cabeça. Ela nem sequer havia pedido Lena em namoro, como disse que faria. Resolveu que lidaria com seu pedido de namoro primeiro, queria que fosse algo especial, que deixasse Lena com o sorriso que deixava suas covinhas visíveis.

— Acho que vou dormir no meu apartamento amanhã, Lena.

Ela esperava, no mínimo, um protesto vindo de Lena, mas isso não aconteceu. A feição leve da Luthor caiu e deixou uma interrogação entre suas sobrancelhas. Ela estava achando Kara tão estranha nos últimos dias, só esperava que aquilo não significasse o que parecia — que a loira não a queria mais.

Se entregar para a insegurança não foi uma tarefa difícil para Lena, e os planos mirabolantes de Kara não pareciam perceber aquilo.

— Ok — Lena respondeu, simplesmente. — Boa noite?

— Boa noite — Kara beijou o topo de sua cabeça, ela deixou o aconchego dos braços da loira e se virou na cama, dando as costas para a mesma.

Kara já havia voltado a trabalhar, mesmo que Lena tivesse repreendido aquela decisão, inclusive oferecendo-se para comprar a CatCo e garantir o emprego da loira. Ela saiu para o trabalho após um café da manhã silencioso, Lena estava estranha desde que foram dormir. Despediu-se rapidamente e deixou suas duas mulheres para trás.

Lena começava a se organizar para voltar a trabalhar nos escritórios da L-Corp, mas naquela tarde, não conseguia pensar muito além do que poderia estar acontecendo entre ela e Kara.

— Ela te contou algo, Julia? Vocês estão sempre conversando — óbviamente, Lena não obteve respostas. — Eu não sei se fiz algo de errado. Eu fiz algo de errado? Eu não acho que tenha feito. Lembra quando ela disse que me pediria em namoro? Ela não pediu. E eu sei que isso parece idiota, me sinto idiota falando isso, mas o óbvio também precisa ser dito, não acha? Por mais que ela durma comigo e que me chama de meu amor, quero que ela me chame de namorada — Lena encarou sua filha, a menina estava concentrada em suas palavras e sorriu quando a Luthor ficou quieta. — Você é terrível, sabia? Sua tia Alex é uma péssima influência — a menina continuou a dar aquele sorriso desdentado e pacífico para Lena, irresistível. — Eu amo você, garota.

AluraOnde histórias criam vida. Descubra agora