— Pai, você sabe que pode confiar em mim. Me responda, você já traiu o papai Chuck? — perguntei, depois que tranquei a porta do meu quarto.
— Que raio de pergunta é essa? — perguntou ele, um pouco nervoso.
— Pai, o papai Chuck está com câncer e eu não quero que ele fique magoado. Você já traiu ele? — insisti.
— Jonathan, eu nunca traí o seu pai. Você sabe que eu o amo — respondeu e eu ouvi alguém o chamando.
— Pai, por favor. Se você traiu o meu pai, me conte. Eu vou te perdoar. — disse, fazendo ele sorrir.
— Eu te amo, Jonathan. Olha, depois nós conversamos mais, está bem? Tenho que ir à mais uma sessão de autógrafos — ele se despediu e desligou o celular.
Bufei e fiquei deitado na minha cama pensando em algumas coisas que estavam acontecendo: meu pai Maury estava viajando bastante, o que era fora do normal, pois a tia Joanna estava trabalhando ao lado dele, o que me pareceu mais estranho ainda. Antes de eu ir para Los Angeles, papai Chuck me contou que o Maury beijou a tia Joanna uma vez quando estava embriagado. Mas o papai Maury não seria capaz de trair o papai Chuck. Ou seria? Enfim, o que eu sei é que os dois se amam.
[...]
Acordei no dia seguinte com batidas na porta e vou ver quem está batendo.
— Bom dia, Jonathan — disse Gabriel, entrando em casa.
— Bom dia, Gabriel. O que faz aqui às nove da manhã? — perguntei, me espreguiçando.
— Bom, vim aqui te convidar para passar o fim de semana na casa de campo dos meus pais — respondeu, os olhos azuis brilhando de excitação.
— Na casa de campo dos seus pais? Não sei, Gabriel. Meu pai precisa de mim e... — fui interrompido pelo meu pai, que estava na sala, assistindo televisão.
— Eu vou ficar bem, Jonathan. O pai do Gabriel vai ficar comigo enquanto seu pai está viajando — disse, alto e em bom som.
— Seu pai, o Jeremy ou o Daniel? — perguntei para Gabriel.
— O Daniel. Papai Jeremy está viajando também. Foi ao Brasil resolver questões relacionadas à trabalho — respondeu o loirinho, sorrindo para mim.
— Você vai ficar bem, mesmo, pai? — perguntei, olhando para meu pai.
— Vou sim, Jonathan. Vai se divertir com seu primo que eu vou me divertir com seu tio Daniel — respondeu, sorrindo para mim.
— Você me espera arrumar minhas malas? — perguntei, olhando nos olhos de Gabriel.
— Sim, eu espero — respondeu e eu fui fazer minhas malas.
[...]
Duas horas mais tarde, eu e Gabriel estamos na casa de campo dos pais dele.
— Sinta-se em casa, Jonathan — disse Gabriel, me ajudando com as malas.
— Obrigado, Gabriel. Eu fico feliz por você ter me convidado para passar esse fim de semana com você — agradeci e ele me puxou para um beijo doce e calmo. — O que foi isso?
— Jonathan, eu estou perdidamente apaixonado por você e não consigo mais controlar esse sentimento — respondeu e eu apenas o beijei novamente.
Ficamos nos beijando por horas, apenas parando para respirar. Depois, fomos para o nosso quarto no segundo andar. A casa de campo dos pais dele era enorme. Tinha um terraço coberto, uma varanda, três quartos, dois banheiros, uma cozinha e uma sala de jantar.
— Esse é o meu quarto — disse, me mostrando o quarto dele, onde ficaríamos juntos.
— Obrigado, Gabriel — agradeci e entrei, acompanhado por ele, que trazia minhas malas.
![](https://img.wattpad.com/cover/218799155-288-k619883.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)
RomanceJonathan é filho de Maury e Chuck Martins. Ele vive em Los Angeles, pois faz faculdade de teatro e música. Quando seu pai Chuck descobre estar com câncer, Jonathan precisa retornar para Nova York para ficar ao lado dos pais nesse momento. Gabriel Al...