Capítulo 13 - Segunda Temporada

47 4 0
                                    

POV - Gabriel

Eu e Jonathan já haviamos chegado ao Brasil e eu decidi fazer uma surpresa para o meu namorado e preparei um piquenique surpresa na praia. Ao chegarmos no lugar da surpresa, descemos do carro e eu desligo o som do carro, que havia acabado de tocar a música Uptown Funk do Glee Cast.

- Jonathan, há algum tempo venho querendo fazer isso, mas eu acho que você não vai se surpreender tanto com essa surpresa, já que foi com ela que nós dois começamos a namorar, lembra? - eu disse, perguntando se ele se lembrava do nosso primeiro encontro.

- Sim, Gabriel. Como eu poderia esquecer aquele dia? Você me levou para um piquenique no Central Park e me deu rosas - respondeu, olhando para o mim.

- Bom, essa é a primeira parte da surpresa, a segunda parte vem depois. Mas, primeiro, vamos comer e depois eu irei te surpreender novamente - falei,
pegando uma cesta de piquenique no porta-malas do carro e uma toalha.

- Eu te amo, Gabriel. Não sei o que seria de mim se não fosse por você - agradeceu, me ajudando a arrumar o lugar onde iríamos fazer o piquenique.

- Eu também te amo, Jonathan e você me ilumina a cada dia - respondi, o beijando. - Bom, vamos ao que interessa. Eu trouxe seu notebook, pois precisarei de três testemunhas para esse momento - falei, indo buscar o notebook dele no carro. Abro o notebook, ligo e espero carregar. Enquanto eu espero o notebook terminar de ligar, Jonathan vai comendo algumas frutas da cesta.

- Que abacaxi gostoso - falou, saboreando um pedaco de abacaxi.

- Fico feliz que esteja gostando - respondo, sorrindo.O notebook termina de carregar e eu conecto meu modem de internet e liga o Skype. Na lista de contatos de Jonathan estão eu, os pais dele, Maury e Chuck, Kalberty e Joanna. Eu clico no Maury e espero a chamada ser atendida.

- Gabriel, tá tudo bem? - ele pergunta, estranhando o porquê do filho não ter chamado ele pessoalmente.

- Tá sim, Maury. Você e o Chuck poderiam conversar comigo? Quero fazer um pedido oficial para vocês - eu não respondo, apenas digito, pois não quero que Jonathan escute a conversa.

- Entendi - respondeu, saindo da frente do notebook e indo chamar o marido. Cinco minutos depois, ele estava de volta com Chuck.

- Olá, tio Chuck - falei, em voz alta dessa vez, para que Jonathan pudesse me ouvir.

- Olá, meu rapaz - respondeu tio Chuck - Como estão as coisas entre você e o meu filhão?

- Estamos bem, tio, obrigado. Eu estou com ele aqui e quero fazer um pedido para os senhores - expliquei, colocando o notebook do meu namorado em cima da mesinha que trouxe especialmente para a ocasião.

- Eu estou feliz por ver que vocês estão juntos - disse Jonathan, sorrindo para os pais.

- Nós também estamos felizes, mas não estamos entendendo porque o Gabriel precisa de nós - respondeu tio Chuck, preocupado.

- Aqui vai. Eu gostaria de pedir a mão do Jonathan em casamento - soltei, esperando por uma bronca dos meus tios.

- Olha, rapaz, não é que eu não quero ver meu filho casado com você, mas ele é muito novo para se casar e também tem outra questão: onde vocês vão morar? A vida depois de casado muda muito um relacionamento - respondeu tio Chuck, me deixando um pouco constrangido.

- Gabriel, por mim você tem a minha benção pra se casar com o Jonathan - falou tio Maury, surpreso com a atitude do marido.

- Valeu, tio. Jonathan? - eu olho para os lados e não encontro o meu namorado e me despeço dos meus tios - Tio Maury, preciso ir.

- Gabriel, se acontecer acontecer alguma coisa com meu filho, eu juro que te mato - falou tio Chuck, um pouco agressivo, assustando Maury, que desliga o Skype na hora.

Desligo o notebook do Jonathan e guardo tudo dentro do carro e vou atrás do meu namorado. Eu o encontro perto da ponte que separa Barra do Sahy da Praia dos Quinze. O garoto estava chorando e não percebeu quando um carro veio em sua direção e o atropelou.

- Jonathan! - gritei, ao ver meu namorado sendo atropelado. Fico desesperado ao ver o Jonathan desmaiado no meio da rua. Desço do carro e vou até onde está o carro que atropelou meu amado e começo a gritar com o motorista. - Você não sabe dirigir, filho da puta. Atropelou o meu namorado, a pessoa com quem eu vou me casar - eu disse para o motorista, qu desce do carro e revela-se ser uma mulher.

- Falou comigo? - ela perguntou, preocupada.

- Falei. Você não viu o meu namorado?

- Ele entrou na minha frente e eu perdi o controle do carro - respondeu, preocupada.

- Olha, me desculpe pelo o que eu disse, mas precisamos levá-lo ao hospital urgentemente - falei, olhando para ela.

- Eu não sei o que dizer, me desculpe - falou, me ajudando a colocar o meu namorado no carro.

- Olha, eu vou ficar com ele e não te culpo pelo que aconteceu. Foi um acidente - falei, as lágrimas escorrendo pelos olhos.

- Mas fui eu quem o atropelei. Quero poder ajudar - respondeu ela, pegando sua bolsa e me entregando dois mil reais.

- Não posso aceitar - recusei.

- Aceite. Irei me sentir melhor sabendo que seu namorado vai ficar bem - insistiu, sorrindo tristemente pra mim.

- Ga... briel - ouvi Jonathan me chamando.

- Ai, que bom, meu amor. Que bom que você está bem - falei, beijando-o. - Eu te amo mais do que tudo na minha vida. Me desculpa por fazer isso com você. Obrigado pela ajuda, moça - agradeci , dando um aperto na mão da mulher e entrando no carro.

- Não tem de quê, Luke, esse é o seu nome, não é? Foi o que o seu namorado estava tentando dizer - disse a mulher, entrando no carro e indo embora. O carro dela não sofrera muitos danos, a não ser os faróis dianteiros.

- Jonathan, vamos para o hospital para tirar um raio x da sua cabeça- eu disse, olhando para ele, que estava dormindo. - A culpa é minha. Eu não devia ter pedido sua mão em casamento para o seu pai.

Nesse momento, o celular de Jonathan toca e Luke vê de quem é a chamada e fica aliviado ao ver que Maury estava ligando para o filho. Ao atender a ligação, percebo que é uma chamada via Skype. Clico no nome do Maury e a imagem do irmão do meu pai aparece.

— Gabriel, o meu filho está aí? — perguntou.

— Tio, não quero que fique chateado comigo, mas o Jonathan foi atropelado — respondi, preocupado com a reação do meu tio.

— Como assim? Ele está bem? — pergunta.

— Ele está bem, mas vou levá-lo para o hospital para tirarmos um raio x da cabeça - respondi, chorando.

— Ei, a culpa não foi sua. Foi do Chuck. Quando você ligou mais cedo, ele havia acabado de chegar em casa e estava nervoso com problemas na produtora. Lamento por você ter ouvido aquilo — disse ele, olhando pra mim. — Eu sei que você e meu filho ainda vão se casar um dia, Jonathan. Eu garanto.

— Tio, agora eu tenho que levar o Jonathan para o hospital, você liga mais tarde? — perguntei para ele.

- Sim, Gabriel. Eu ligo mais tarde, mas quero que me prometa algo: nunca magoe o meu filho, ou eu te deço o cacete - respondeu meu tio, rindo. Ele disse aquilo brincando, pois era uma frase que ele havia tirado de um episódio de Friends, sua série preferida.

— Pode deixar que eu vou fazer seu filho muito feliz — respondi.

- Até mais tarde, então — despediu-se ele, desligando o telefone. Após desligar o iPhone do Jonathan, ligo o carro e dirijo rapidamente para o hospital, onde iria saber se Jonathan sofreu algum dano grave.

E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora