Capítulo 5

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No dia seguinte, acordei com o Gabriel do meu lado e olhei para ele assustado: nós dois nos beijamos! Era estranho, pois éramos primos e primos não se beijam.

— Bom dia — falou, me assustando.

— Gabriel, o que aconteceu ontem à noite? — perguntei para ele.

— Nada. Apenas dormimos juntos, Jonathan. Você não gostou de dormir comigo? — perguntou, depois de responder a minha pergunta.

— É que nós somos primos, Gabriel. O que meus pais vão dizer? Pior ainda: o que os seus pais vão dizer? Não podemos ficar juntos, Luke — disse, olhando nos olhos dele.

— Meus pais iriam me apoiar, pois ninguém manda no coração — respondeu.

— Gabriel, meus pais serão contra esse namoro. Simplesmente pelo fato de sermos primos — expliquei, pegando minhas coisas e indo para casa.

— Aonde você vai?

— Embora. Vou voltar para Nova York - respondi, descendo as escadas.

— E como você vai chegar lá sozinho? Jonathan, estamos afastados da cidade — ele disse e eu bufei.

— OK. Eu fico aqui, mas estou chateado com você — respondi e ele sorriu para mim.

— Gosto de como você fica quando está bravo — disse me deixando bastante vermelho.

— Gabriel, vou para o quarto de hóspedes, se não se importa — falei, indo para o quarto de hóspedes.

[...]

Depois de enviar uma mensagem para meu pai Maury, meu iPhone toca e vejo que ele me respondeu.

Pai Maury: O que aconteceu, Jonathan?

Eu: Pai, o Gabriel me convidou para passar o fim de semana na casa de campo dos pais dele e nos beijamos. O que eu faço?

Pai Maury: O Gabriel é um ótimo rapaz. Seria ótimo tê-lo como genro, Jonathan.

Eu: Pai! Eu e ele não somos primos?

Pai Maury: Tecnicamente vocês não são primos de sangue. O Gabriel não é filho do Jeremy e do Daniel e sim, da Rayanne Davis, a irmã adotiva do Jeremy, que morreu depois de dar à luz ao Gabriel. Você tem meu total apoio para namorar com ele, Jonathan.

Eu: Mas o papai Chuck vai apoiar?
Pai Maury: Eu e seu pai vamos te apoiar, pois você é nosso filho e nós dois te amamos.

Eu: Obrigado, pai. Posso te pedir algo?

Pai Maury: Peça, Jonathan.

Eu: Como foi a sua primeira vez com o papai?

Pai Maury: Foi mágica, Jonathan. Seu pai e eu fomos passar o fim de semana na casa de praia do seu avô em Miami e ele foi carinhoso comigo o tempo todo e não parava de perguntar se eu estava bem. Mesmo depois de todos esses anos, ele ainda me ama e eu o amo muito.

Eu: Obrigado, pai. Eu te amo muito também.

Desliguei o iPhone e fui falar com Gabriel.

— Gabriel, preciso conversar com você — disse, entrando no quarto dele e fechando a porta.

— O quê? Que está com raiva de mim? Que me odeia por ter te beijado? — ele perguntou e eu ri.

— Não, vim aqui por que preciso fazer isso — o beijei por conta própria e ele arregalou os olhos.

— Por que...?

— Conversei com meu pai, o Maury e ele disse que eu posso namorar com você, pois não somos primos — respondi e ele me beijou novamente. Dessa vez ele me beijou com intensidade, me deixando excitado.

— Eu te amo, Jonathan. Sempre te amei. Mas nunca consegui falar com você sobre isso porque você estava em Los Angeles e nunca houve uma oportunidade para eu poder te visitar — disse, me beijando.

Foi um beijo calmo e lento, pois eu estava aceitando o fato de que éramos primos, ainda mais que poderíamos namorar.

— Eu também te amo, Gabriel — falei e ele me levou para o quarto dele e me jogou na cama.

— Está pronto?

— Mais do que pronto — respondi e comecei a tirar nossas roupas.

E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora