Capítulo 2 - Segunda Temporada

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Já se passaram dois meses desde que Gabriel se mudou para Los Angeles. Nesse tempo, tio Jeremy resolveu voltar para tio Daniel e Luke ficou feliz com isso. Meus pais estão cada vez mais apaixonados um pelo outro e me deixam bastante constrangido às vezes quando começam a se pegar na minha frente.

Eu voltei a estudar na faculdade e estou ensaiando uma nova peça musical no qual eu irei interpretar um dos protagonistas, sendo que um deles é uma garota, mais precisamente Samantha Grifitz, a garota mais popular da faculdade.

- Do início, pessoal - disse o diretor da peça, o professor Cesar Ferreira.

Eu, Samantha e Felipe nos posicionamos e começamos a introdução da peça, com a música Torre de Babel.

Eu
Quando alguém disser "eu sei" - não sabe nada!!
Quando alguém disser "eu sou" - não tá com nada!!
Essa vida é pra viver e, na verdade,
Ninguém para de aprender

Felipe
O meu coração bateu - pulando corda!!
O meu coração cresceu - pulando a cerca!!
Quantas vezes eu errei - virando a mesa!!
Eu ralei, mas não dancei.

Samantha
[ponte]
Nessa Torre de Babel, consegui chegar no céu
Eu tentei, não parei
Não dancei, eu cheguei
Tô aí ohhhhhh

Todos
[refrão]
Hoje meu coração é todo teu
Você sabe de mim melhor que eu
Eu estou me aprendendo com você (aprendendo com você)

Que me importa se as coisas vão e vem
Embarquei os meus sonhos nesse trem
Fim de linha, pra mim, é te perder ohhh

Uh!

Pulando corda, pulando a cerca, virando a mesa

[ponte]

[refrão]

Pulando corda, pulando a cerca, virando a mesa [3x]

Oh oh oh oh
Oh oh oh oh
Oh oh oh oh

Fomos aplaudidos e vi meu pai Maury entre os espectadores e desci do palco em sua direção.

- Muito bom, Jonathan - o professor Cesar me cumprimenta e sorri para mim.

- Obrigado, senhor - agradeci e fui ao encontro do meu pai.

- Arrasou, meu filho. Seu pai e eu estamos pensando em fazer uma viagem para Nova York e gostaríamos de saber se você quer nos acompanhar - meu pai disse, assim que chegamos aos fundos do auditório, onde iríamos apresentar a peça.

- Nova York? Pai, sabe que eu te amo muito, mas não posso deixar essa oportunidade passar. É a minha grande chance de brilhar nos palcos e é para ser protagonista - respondi e ele sorriu.

- Entendo, meu pequeno. Seu pai Chuck vai ficar triste, mas eu sei que vai entender os seus motivos. Bom, agora eu tenho que ir, pois nosso vôo sairá em três horas e eu tenho que passar no supermercado e comprar algumas coisas pra viagem - respondeu, indo embora em seguida. Sorri e acenei para ele quando ele virou para se despedir e ele correu até mim e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem, pai - falei e ele me soltou.

- Não é isso, Jonathan. É que vou sentir saudades suas, por que vou viajar para o Brasil em seguida para divulgar meu novo livro junto com o Anderson - ele respondeu e eu fiquei sem entender.

- Como assim, pai? E o papai Chuck? Como ele fica? Esqueceu que ele está com câncer? - perguntei, um pouco preocupado.

- O Chuck também vai com a gente. Ele está se recuperando aos poucos e uma viagem vai fazer bem para ele - explicou e eu entendi.

- Bom, então, boa viagem, pai - assenti, o abraçando. Ficamos abraçados por uns minutos até que ele se lembrou de que o vôo iria sair em três horas e se foi.

Eu não estava entendendo muito essa ideia repentina dos meus pais viajarem para Nova York, pois eles haviam acabado de chegar e já iriam embora? Mas eu relevei porque eu vi uma chance dos dois reacenderem a chama do amor deles e eu iria continuar com a peça, tendo o Gabriel e o tio Kalberty ao meu lado no grande dia da apresentação.

E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora