Capítulo 9

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Papai havia traído o papai Chuck com o tio Pierre quando ainda eram namorados! Acordo no dia seguinte pensando em como meu pai Chuck iria reagir quando descobrir a verdade. Mas prefiro deixar que o Maury conte a verdade para ele antes de alguém contar, pois isso pode ser chocante para alguém que tem uma doença terminal. Ao chegar na cozinha, vejo meus pais tomando café da manhã e olho para o Maury e fico pensando se realmente ele foi capaz de trair o meu pai Chuck.

— Bom dia — falei, dando um beijo no rosto de cada um deles.

— Bom dia, filho.Dormiu bem? — pergunta papai Chuck para mim, depois que dei um beijo no rosto dele.

— Mais ou menos, pai. Sabe que eu passei a noite toda pensando no Gabriel e no tio Jeremy? Eles devem estar sofrendo com o acidente do tio Daniel — respondi, me sentando na cadeira ao lado dele.

— O Jeremy me ligou hoje cedo e disse que o Gabriel está arrasado com o que aconteceu com meu irmão — Maury diz e eu olho para ele, indiferente.

— Eu preciso ligar para o Gabriel! Hoje é o aniversário dele e eu me esqueci disso — falei, me lembrando de que eu havia prometido ao Gabriel que iria passar o dia do aniversário dele com ele.

— Filho, eles não querem visitas até o Daniel sair do hospital — disse meu pai Maury, olhando para mim.

— Pai, preciso ter uma conversa em particular com o senhor — falei, olhando para Maury.

— O que você fez, Jonathan? — ele perguntou, preocupado.

— Nada. Só quero conversar em particular com meu pai favorito — respondi e papai Chuck ficou emburrado.

— E eu? Não sou seu pai favorito? — pergunta ele, emburrado.

— Pai, você é meu favorito, mas não da mesma forma que o papai Maury — respondi, dando um forte abraço nele.

— Tudo bem. Todos sempre preferem o Maury. Até eu prefiro o Maury — respondeu papai Chuck, rindo da minha expressão de incredulidade. Em seguida, eu e Maury fomos para meu quarto e eu resolvi abrir o jogo.

— Pai, eu já sei que você traiu o papai Chuck com um tal de Pierre — soltei a bomba e olhei para ele, que ficou perplexo ao ouvir o que eu disse.

— Filho, o que você está dizendo? - pergunta, assim que soltei a bomba.

— Isso o que você acabou de ouvir, pai. Outro dia desses eu entrei no quarto de você e do papai Chuck e descobri o escritório onde encontrei seu diário, no qual você conta que transou com o tal Pierre — expliquei, olhando seriamente para ele.

— E o que você vai fazer? Vai contar para o seu pai? Jonathan, ele não iria suportar a dor ao saber que foi traído quando estávamos namorando — ele disse e eu pensei muito no que disse a seguir.

— Não, não vou contar para ele. Quem deve fazer isso é o senhor — respondi e ele fez uma careta ao ouvir eu chamá-lo de senhor.

— Não me chame assim, por favor — pediu ele e eu me calei. — Tudo bem, eu conto para o Chuck que eu traí ele antes da nossa viagem ao Brasil — ele disse e eu suspirei.

— Obrigado, pai. Eu não quero que o papai Chuck sofra com isso— agradeci, olhando nos olhos verdes dele.

Saímos do quarto e ele foi conversar com o papai Chuck.

— Boa sorte, pai — desejei sorte a ele e fui dar um passeio por Nova York.

Enquanto caminhava no Central Park, me lembrava daprimeira viagem dos meus pais para o Brasil, que o Maury me contou há alguns meses atrás. Ambos eram bastante novos naquela época e não faziam ideia de que iriam formar uma família.

E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora