E Se Eu Te Amar? (Romance Gay)

Capítulo 1

— O Chuck está com câncer? Porque o Maury não me contou? — perguntava tio Daniel, estacionando o carro na garagem da casa dele.

— Eu não sei, tio Danny. Eu estou tão chocado com essa notícia quanto você — respondi, ajudando meu primo a pegar minhas bagagens.

— Talvez ele não contou para não preocupar mais ninguém — disse uma voz e eu vi meu pai Maury, ao lado do tio Jeremy.

— Pai! Eu senti tanto a sua falta — eu o abracei, sentindo o cheiro de seu perfume Kaiak.

— Eu também senti sua falta, Jonathan. Daniel, me desculpe por não contar que o Chuck está com câncer. Foi um choque quando ele descobriu que estava com a doença. O pai dele também tinha câncer, mas se curou pois o câncer dele foi descoberto no início, mas o do Chuck está um pouco avançado e os médicos disseram que se ele parar de beber, há boas chances de cura — meu pai explicou, ainda me abraçando.

— Entendo, Maury. Me desculpe por querer te bater por não me contar sobre a doença do seu marido — desculpou-se tio Daniel, dando um abraço no meu pai.

— Tudo bem, Danny. O Chuck quer que vocês vão lá em casa nos visitar de vez em quando — assentiu meu pai, os olhos verdes cheios de lágrimas.

— Maury, nós vamos estar do seu lado pro que der e vier — falou tio Jeremy, também abraçando meu pai.

— Tio Maury, nossa família sempre irá te apoiar. Lembra que você apoiou o meu pai quando nós fomos morar no Brasil? É a mesma coisa, só que agora estamos perto de você e do tio Chuck — disse Gabriel, olhando para meu pai.

— Obrigado, família. É muito bom poder contar com o apoio se vocês — agradeceu papai, me dando um beijo na cabeça.

— A conversa tá boa, mas que tal a gente levar você e o Jonathan para casa? — perguntou tio Jeremy para meu pai.

— Eu estou morrendo de saudades do meu outro pai — disse, pegando as minhas malas.

— Ele também está com saudades de você também, Jonathan. Desde que eu contei para ele que você estava voltando para casa, ele não para de falar sobre você — disse meu pai, rindo.

— Imagino, pai. Ele é meu pai e eu o amo, acima de tudo — respondi, rindo com ele.

Fomos para o carro do tio Daniel e Gabriel me ajudou com as malas novamente.

— Seu pai vai ficar bem, Jonathan. O tio Maury vai cuidar dele, assim como ele cuidou de você — disse, olhando pra mim. Aqueles olhos azuis me hipnotizaram, pois eram da cor do mar.

— E o Chuck vai ficar feliz em receber vocês lá na nossa casa — dizia papai Maury para o tio Jeremy.

— Não sei como ele não ficaria feliz, Maury. Nós somos amigos e ele disse que sempre irá ser meu amigo eternamente — falou tio Jeremy, dando um abraço de lado no meu pai.

Minutos depois, o carro do tio Daniel estacionou em frente ao condomínio onde meus pais moravam e subimos para o apartamento dos meus pais, depois de pegarmos minhas bagagens. Ao chegarmos no andar dos meus pais, corro até o apartamento deles e bato na porta, esperando meu pai abrir.

— Jonathan! — meu pai Chuck me abraçou e eu retribuí, dando um beijo no rosto dele.

— Pai, eu senti sua falta!

— Eu também senti sua falta, meu filho. Você está um gato — ele me elogiou.

— Ah, para, pai. Você é muito mais bonito que eu — disse e ele fechou a cara.

— Você é bonito também, Jonathan. Alguém disse que você não é bonito?  — perguntou, alterando a voz.

— Pai, ninguém me disse nada. Eu só não me acho bonito, só isso — respondi.

— Nunca mais diga isso, está bem? Jonathan, você é lindo e não quero ver você se menosprezando — ele disse e dei um beijo no rosto dele.

— Papai me contou que você está com câncer — falei e ele olhou pra mim, sério e triste.

— Jonathan, me perdoe. Seu avô teve a doença, mas agora parece que chegou a minha vez — ele disse e eu o abracei, com medo de perdê-lo para sempre.

-Pai, eu não vou voltar para Los Angeles até você estar curado dessa doença — respondi, no momento em que papai Maury entrava em casa acompanhado dos meus tios Jeremy, Daniel, Joanna, Nathalio e dos meus primos Joy, Luy, Anna, Matheus e Gabriel.