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Querido diário,

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Querido diário,

   Acho que a minha maior dor foi a de enterrar o meu pai (e eu tive muitos, muitos momentos ruins). Minha única vontade era de dormir pelo da vida... Ou apenas morrer.

21 de outubro de 2OO7, quarta-feira

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21 de outubro de 2OO7, quarta-feira.

Encarei o azul apagado dos olhos da menina no espelho, e ela me devolveu a mesma inexpressividade de antes. A franja dos curtos cabelos volumosos estavam presas com uma presilha e o rosto sem maquiagem alguma. O vestido cor-de-carvão de mangas a deixou mais pálida e sem brilho na pele. Por incrível que pareça, minha tristeza e dor estavam abafadas. Ainda existiam, contudo a sensação de vazio predominava. Vazia... Sim, eu me sentia vazia.

— Angie? — a batida leve e a voz baixa anunciou mamãe atrás da porta. Ela não a abriu. Ultimamente vinha cada vez mais me dando espaço — Você está pronta?

Andei à passos lentos até abrir a porta e me deparar com ela, vestida nas mesmas cores que eu.

— Estou — respondi roboticamente.

— Filha, você está mesmo se sentindo bem? Se não quiser, não precisa ir.

— É o velório do meu pai. Eu tenho que ir, sim — foi tudo que disse.

Bradd e Anne-Janne nos esperavam no sofá, de preto e semblantes compassivos. Pela vermelhidão em seu rosto, minha irmã andou chorando. Ela correu para me abraçar.

— Eu sinto muito, Angie.

Saí de meu transe automático e a abracei de volta. Passeei os dedos por seus cabelos, alisei as costas tensas e rezei para que ela nunca estivesse numa situação semelhante.

— Está tudo bem, Jay-Jay... Está tudo bem...

— Você já quer ir? — Bradd perguntou gentilmente.

O Diário Uma Garota QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora