Já pensou que talvez, só talvez, pessoas suicidas sejam apenas anjos cansados da vida na terra, querendo voltar ao lar celestial no céu de onde nunca deveriam ter saído? Que talvez estejam exaustos do martírio que é respirar com tantos ferimentos im...
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Mason Jhonathan arremessou um travesseiro para longe.
— Eu não acredito que iludi aquela garota e agora ela está morta! — num acesso de ódio, puxou os próprios cabelos — Porra, ela se matou! Ela se matou e eu tenho um pouco de culpa nisso! — o atleta apontou o dedo para a segunda pessoa ali, sentada na beirada da cama gigantesca — E tudo porque você disse que seria uma boa brincar com ela! Você é mais culpada que eu! Ah, quer saber? Que se foda. Nunca mais me procure! Eu não quero saber de você! — esbravejou, saindo pela porta do quarto um segundo mais tarde.
Crystal Chell'Berry permaneceu parada no colchão macio, o olhar repousado no próprio colo. Fazia uma hora desde o ataque de Maya na escola, mas em sua cabeça foram apenas alguns minutos. Mason quem a levou para casa e a deixou no quarto. Quando ela confessou o que fez para Angeline no banheiro, ele surtou. Com razão? Toda. Crystal finalmente saiu da cama e andou para a porta ao lado. Seus pés quentes tiveram um leve choque com a porcelana fria do piso do banheiro. Chell'Berry parou em frente à pia de mármore e segurou nas bordas, inclinando o rosto para olhar o próprio reflexo. Um dos olhos ficou roxo, o lábio estava cortado na parte inferior e manchas vermelhas protuberavam nas bochechas. Nada que não fosse curar. Dentro de dias sua estética estaria perfeita outra vez. Mas... Mas... Não adiantaria. Finalmente a ficha baixou. Ela foi um dos motivos para Angeline Montgomery se matar, algo que nunca pensou que poderia acontecer. Crystal foi malvada com tantas meninas, tantas... E se elas seguissem o memo caminho de Angeline? A ideia deixou Crystal desestabilizada. Por que implicou com Angeline? Não teve motivos concretos, então só pensou que seria bom para sua imagem ser uma cadela escrota? Não poderia simplesmente ser uma garota bonita, popular e não-malvada? Apesar de tudo, Nathaly Willson, que era mais famosa ainda em Skarye Fall, nunca magoou ninguém como Crystal fez. Tirando os conflito com a prima, Nathaly nunca pisou nos outros para se sentir melhor. Lágrimas escorreram do rosto de Chell'Berry, derramando linhas de rímel borrado na bochecha. No espelho, um monstro a encarava de volta.
— Não... Não... Não... Não! — lamentou para sua versão chorosa no espelho — POR QUÊ? — seu corpo recuou para trás e ela tropeçou nos próprios pés, caindo de bunda no chão liso. As costas encontraram a parede. Mas ao em vez de se por em pé, abraçou os próprios joelhos e chorou no meio deles. Não tinha forças. Não mais. Não depois de ter causado o suicídio de alguém — Por que...? — Por que? Por que ela tinha feito tudo aquilo? Por que teve de ser tão maléfica? Como dito, não haviam razões suficientes. Crystal nunca passou uma infância difícil ou algum trauma forte o bastante para levá-la a ser uma vadia má digna de televisão, e mesmo assim, nunca justificaria suas atitudes caso tivesse. E os resultados de seus atos foi uma garota morta.
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