Dizendo adeus

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     Eu ainda estava deitada na cama pensando em tudo que tinha acontecido, com um sorrisinho bobo no rosto, quando minha mãe apareceu na porta.

     - Evie?

    Me sento na cama ainda sorrindo.

      - Oi mãe!

    Ela não parecia feliz, na verdade ela parecia estar furiosa, por algum motivo que eu estava prestes a descobrir. Ela fecha a porta, senta na minha cadeira e fica me encarando.

      - Aconteceu alguma coisa? – Falo preocupada.

      - Hum... na verdade eu to esperando você me dizer.

      - Desculpa, eu perdi alguma coisa? – Fico sem entender.

      - Você eu acho que não, mas eu tenho certeza que perdi.

      - Tá bom mãe, do que você está falando?

     Ela continua me encarando e fica alguns segundos quieta até responder, o que me deixava com medo.

       - Evie... – ela respira fundo – onde você estava? Você me assustou!

       - Ah, eu sai... – Ela me interrompe.

       - Eu percebi, você usou esse vestido umas duas vezes no máximo, e sempre pra sair quando é importante. – Ela respira fundo – você vai ou não contar logo?

       - O Carlos e eu saímos, foi isso! – Falo rápido pois o jeito como ela em olhava e seu tom de voz me deixava desconfortável.

        Ela sorri sem mostrar os dentes e cruza as pernas, me deixando um pouco aliviada.

       - Eu tenho uma pergunta – ela faz um sinal para não interrompê-la se levanta, e fica em minha frente – Você acha bonito ficar beijando qualquer um por aí? Porque o que eu vi agora foi uma ceninha ridícula e vergonhosa!

        - Mas ele não é "qualquer um mãe"! – falo irritada por conta de suas palavras.

       - Não? – Ela ri – Ah Evie, fala sério!

       - Eu estou falando sério – Olho pra ela – A gente namora! – Mostro o anel que ele havia me dado no dia do pedido de namoro.

       Ela fica parada em choque sem falar uma palavra por uns 30 segundos e continuo.

       - Desculpa não ter te contado, na época eu tinha medo de você surtar e...

       - O que quer dizer com "na época"? Quanto tempo tem? – Ela parecia se estressar cada vez mais.

        - Fez oito meses hoje... – paro um pouco. Hoje faziam oito meses e eu nem ao menos me lembrei! Fico com o peso na consciência por isso. Eu era uma péssima namorada!

        - OITO MESES????? OITO MESES?????? – Ela começa a gritar.

        - Sim e... calma mãe... tento acalma-la mas não adianta muito.

        - Oito meses é quase uma gestação inteira! Você tem noção de quanto tempo é isso?!

        - Mãe calma! – ela me olha com raiva. - Desculpa mãe, eu entendo que está chateada por eu não ter te contado mas... – Ela me interrompe.

         - Não, não entende. Você... eu não tenho palavras pra dizer o que você fez!

        - Mas eu não fiz nada de errado! 

        - Então acha que está certa? É isso? – Não respondo e por algum motivo a irritou mais ainda – olha aqui Evie, você é uma Grimhild. Sabe o que isso significa? Que você é a minha filha, entendeu? 

Descendentes - A História De Amor Nunca ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora