Assim que a mãe da Mal sai, depois de ter dado um sermão, começamos ajuda-la arrumar tudo, afinal era MUITA bagunça.
- Gente, vocês não precisam fazer isso... – Ela fala nos olhando.
- Mas vamos! – A Evie fala a olhando, e dá um sorrisinho simpático.
Duas horas depois, literalmente, terminamos limpar tudo, faltava só colocar as coisas dentro da casa dela.
- Já são 02:47? – A Mal fala assustada ao olhar o relógio – Se vocês quiserem, podem dormir aqui, se não se incomodarem em dormir no sofá.
- Eu adoraria, mas minha mãe ficaria uma fera comigo, não fui em casa desde que saí para ir pra escola.
- Eu entendo, mas não acha que tá muito tarde pra ir só? Podemos acordar cedo e te ajudo a entrar pela janela do seu quarto, e você pode fingir que chegou ontem! – A Mal insiste
-Eu adoraria, mas não iria funcionar... minha mãe é meio neurótica, ela deve estar me esperando nesse exato momento, sentada no sofá.
- Uau! – Falo rindo.
- Ainda vão precisar de minha ajuda?
- Não, relaxa.
- Tá... Tchau gente!
- Evie! Se você quiser posso te levar lá! Eu estou indo também!
- Fico aliviada que vai leva-la, não é uma boa hora pra ninguém andar sozinho. Jay, você não quer ir também ?
- Não, eu vou ajudar! Tchau gente!
O Carlos e a Evie acenam e saem. Começo a pegar as mesas e as cadeiras e colocar na parte de dentro da casa, enquanto ela levava pratos, copos, talheres, e outras coisas. Assim que deixo tudo organizado, vou na cozinha me despedir, e a vejo sentada no chão chorando. Fiquei um tempo pensando se eu deveria só sair e deixa-la sozinha, mas resolvi que poderia tentar ajudar, mesmo não fazendo ideia do que seria, já que nunca tinha visto a Mal chorando.
- Mal? O que aconteceu? – Me sento ao seu lado.
- Nada.
- Ah. Não sabia que você ficava chorando por aí sem motivo algum. – Provoco, mas porque eu sabia que seria o único jeito dela dizer o que era.
- Mas eu não fico.
- Bom, não é o que parece... – Ela olha em meus olhos e limpa as lágrimas.
- Pronto. Passou!
- Se você diz, eu vou indo então. – Dou de ombros e me levanto.
- Jay, espera! – Olho pra ela.
- Oi?
- Fica... você está certo, eu estou chorando com motivos... – Ela respira fundo.
- Pode dizer! – Ajudo ela a se levantar, e me sento em uma cadeira.
- Bom, tudo começou na festa que teve no barco da Uma. – Ela para – Desculpa, estou com vergonha – Ela abaixa as vistas.
- Olha, eu meio que vou estar com você nas suas missões malucas - falo rindo e ela faz uma careta – então eu acho melhor ir se acostumando com a minha presença. Aliás, eu também não contaria pra ninguém, dou minha palavra.
- Tá, voltando... – Ela respira fundo – Nesse dia eu beijei o Harry...
- O quê?! – Fico surpreso e não consigo esconder tal reação. – Você tá de brincadeira né?
- Não, é sério. – Ainda sem acreditar, peço a ela para prosseguir – Então, só que nesse dia, o Carlos estava lá, só que nem eu nem o Harry o viu, mas não vem ao caso. Nós nos encontramos algumas outras vezes, e foi legalzinho até... – Ela faz uma pausa – até o bendito aniversário de 15 anos da Evie, o qual eu não fui convidada.
- Que por sinal foi a melhor festa que eu já fui, e você deu motivos para não ter sido chamada, e no fundo sabe disso, mas é mais fácil culpa-la.
- E eu achando que estava conversando com o Jay, mas parece mais que é com o Carlos, que já esfregou isso na minha cara não sei quantas vezes.
- Mas é a verdade, Mal. O que teve nesse aniversário dela?
- Eu invadi. E eu me arrependi amargamente. A primeira coisa que eu vi quando eu cheguei, foi ele e a Uma se agarrando lá. – Ela fala com uma expressão triste, misturada com nojo. – Depois disso eu não queria mais olhar na cara deles.
- Não precisa terminar, eu entendi tudo. O por que que você parou de falar com ela, do Harry estar sempre querendo saber onde você está... enfim. Pelo o que percebi, sua providência foi mudar de grupo, e pelo visto com a sua antiga maior inimiga, para deixa-la com mais raiva ainda de você.
- Exatamente. Mas eu quebrei a cara, por que a Evie é muito mais legal do que eu pensava!
- É, eu também. Você fez uma ótima lavagem cerebral na gente, por odiá-la e querer que todos fizessem o mesmo. Mas não vem ao caso né?
- Não mesmo. Eu só queria saber o que fazer e poder voltar a colocar esse lugar para seguir as minhas regras, mas pelo visto será mais difícil do que eu pensava!
- Bom, isso você vai ter que conquistar aos poucos. Mas tenho certeza que vai dar tudo certo, você ainda é forte. Só tem que parar de ficar chorando por aí.
- Tem razão! – Ela fala rindo – Uau, já está amanhecendo!
- Caramba! Eu preciso ir! Fica bem Mal, até a escola!
...
Assim que chego na escola, encontro a Mal na porta.
- Oi! Dormiu um pouco ou só veio? – Falo sorrindo.
- Não consegui dormir! Mas quero agradecer pela ajuda!
- Não precisa!
- Oi gente! – O Carlos e a Evie chegam juntos.
- Oi! – Percebo que a Mal estava olhando pensativa para eles dois.
- O que foi Mal? Eu tô cagado ? – O Carlos fala rindo e ela acorda.
- Não, eu viajei, só isso! – Ela dá um sorrisinho amarelo e nos olha – Bom, já que estamos todos aqui, vamos entrar juntos!
Todos abriam espaço para a gente passar pelos corredores. Alguns sorriam, outros tentavam não ter contato visual, acho que mesmo com a “briguinha" éramos o grupo mais popular. Quando chegamos na porta da sala, a Mal fala algo com a Evie que eu não consigo escutar.
- Meninos, podem guardar nossos lugares? Obrigada!
Ela joga a mochila, e a Evie nos entrega, e saem logo depois.
- O que será que aconteceu? – Falo desconfiado.
- Não faço ideia, mas espero que não seja nada de mais! – Ele entra na sala, guarda os lugares e senta na cadeira.
Ficamos conversando enquanto a aula não começava, quando as duas voltam rindo para a sala; eu não tinha me acostumado ainda com essa amizade. Já no intervalo, sentamos na mesa central do pátio, e ficamos conversando enquanto lanchávamos. Tomo um susto quando a Mal pega em minha mão, e pelo visto não foi só eu, e continuou rindo como se estivesse tudo normal. Alguns minutos antes de bater o sinal, ela vai ao banheiro com a Evie.
- Cara, o que foi isso? Vocês dois estão tendo algo? – O Carlos me olha.
- Não sei! E não! Eu fiquei conversando com ela o resto da madrugada, mas não teve nada.
Percebo que o Carlos estava olhando em outra direção.
- Entendi tudo já.
- O quê ?
- O Harry está olhando pra cá, provavelmente ela percebeu e fez isso para deixar ela com ciúmes.
- Ah eu não acredito.
- Nem eu! Ele está vindo pra cá nesse exato momento. – O Carlos fala me olhando.
Que ótimo! Era realmente tudo que eu mais queria: fazer parte de um joguinho que não queria participar.
- Qual é a sua cara?
- Nenhuma, e a sua?
- Deixa de bancar o mentiroso, eu vi tudo!
- Tá falando da Mal? Sério?
- Sim! E é melhor falar a verdade! – Ele coloca o gancho perto do meu pescoço
– É melhor você tirar isso daí!
- Só quando disser a verdade!
- Cara, não te interessa! Seja lá o que eu disser você vai me chamar de mentiroso. Ah e que eu saiba, não fui eu quem beijou a Uma enquanto estava ficando com ela. – Falo o olhando e ele me dá um murro.
Fico um tempo sem acreditar que ele tinha feito aquilo. Logo me levanto e revido com mais força, que faz com que ele caia no chão.
- Isso é pra você aprender babaca!
Do nada a Uma chega e me empurra, mas não perco o equilíbrio.
- Qual é o seu problema garoto?!
- O que tá acontecendo aqui?! – A Mal chega gritando do outro lado.
- Deveria perguntar para o Harry – Olho pra Uma e saio dali.
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Descendentes - A História De Amor Nunca Contada
FanfikceVivendo um amor proibido na ilha, Carlos e Evie se arriscam o máximo para poderem ficar juntos mesmo sabendo das consequências que teriam se alguém descobrisse. Será que eles conseguirão ficar juntos e manter esse segredo? {Primeira Temporada - Comp...