Prólogo

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-Vai Tema, bebe um pouco. - Disse me entregando mais um copo.

-Eu já bebi um pouco, Ino! Exclamei olhando ao redor. -Haviam várias pessoas e as aulas recomeçam daqui a dois dias, o que, para todos significava a melhor oportunidade para beber até cair.

-Eu sei que você não gosta de ficar bêbada, mas uma vez não vai te matar. -Suspirei tomando mais um copo e antes que pudesse dizer o "satisfeita?!" ela já estava quase transando com um garoto de direito.

Talvez ela esteja certa, pensei, uma vez não vai me matar. Peguei mais um copo e fui caminhando entre as pessoas, até encontrar o garoto mais tímido da minha classe, Shikamaru Nara.

Ele não conversava com ninguém, eu não poderia imaginar o motivo dele ter vindo, e eu, como uma boa pessoa, fui falar com o garoto.

-Posso me sentar com você? -Perguntei, e imediatamente ele concordou, com o rosto totalmente vermelho, chegando a ser até fofo.

Eu o observei de soslaio e percebi que ele tentava, e falhava miseravelmente, olhar para mim de uma forma que ninguém, principalmente eu, percebesse. Não o conheço, mas me lembro dos boatos no ano anterior, de que o nerd da sala era apaixonado por mim, bom, eu nunca soube se era verdade ou não e nunca fui atrás de saber.

-Então, porque veio? -Ele arqueou a sobrancelha, como quem pergunta se é consigo e eu apenas sustentei o olhar.

-Minha mãe disse que eu precisava sair, alguma vez na vida. -Disse tímido, e eu acabei rindo.

Não sei explicar como ou quando, mas a conversa entre nós foi fluindo, e acabei fazendo ele beber e logo, eu estava em seu colo, subindo as escadas da casa da Ino, e depois, bom, eu acordei de manhã, nua, com os cabelos bagunçados e com o Nara nu, dormindo ao meu lado.

Saindo, devagar para não acorda-lo, coloquei a minha roupa e quando fui pegar a minha bolsa, acabei caindo de volta na cama, acordando o garoto, assustado.

Ele olhou para si e virou um pimentão, minha cabeça estava explodindo e eu estava quase vomitando, senti ele levantar, provavelmente para se vestir, então apareceu em minha frente.

-Eu te ajudo a ir ao banheiro. -Falou baixinho e eu apenas assenti, indo com ele até o banheiro e vomitando como nunca na vida.

Sem nos falarmos muito, cada um foi para a sua casa, ninguém nos viu sair e eu apenas agradeci pela ajuda no banheiro, estava constrangida, e ele ainda mais.

Quando a faculdade começou, eu o vi novamente, mas não nos falamos, nada mudou, até três semanas depois, numa quarta-feira no final da tarde.

-Temari, o que está acontecendo? -Perguntou meu irmão, preocupado, subindo as escadas correndo e me vendo por as tripas para fora no banheiro.

-Eu, eu acho que comi algo que me fez mal.

-Tema, nós comemos as mesmas coisas.... -Foi então, que eu gelei. -Maninha? Você está pálida, o que está acontecendo?

-Gaara... Acho que... Talvez eu...

-Fale logo! -Disse impaciente, segurando os meus ombros.

-Eu possa estar grávida. -Meu irmão arregalou os olhos e se levantou dizendo que iria comprar dois testes de gravidez, para ter certeza, e ao chegar em casa e fazer os testes, ambos deram positivo e então, eu desmaiei e é aqui, que tudo começa.

De repente grávida - shikatemaOnde histórias criam vida. Descubra agora