Capítulo IX

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Nem sei se eu assenti ou algo assim. O toque dela segurando a minha mão parecia que queimava e eu tentava ao máximo não suar e parecer ainda mais idiota do que sempre pareci.

-Não precisa ficar tão tenso perto de mim. -Disse sorrindo e encostando a cabeça em meu braço. -Você veio de carro?

-Não, eu moro relativamente perto. -Ela assentiu e foi me levando até o carro dela, onde perguntou o meu endereço e eu lhe dei.

-É aqui. -Ela estacionou e olhou para mim.

-Seus pais ficariam chateados se eu os conhecesse agora? -Perguntou e eu apenas a encarei surpreso, demorando um pouco para negar e ver aquele lindo sorriso.

-No entanto, meu pai ainda vai demorar uma meia hora para chegar. -Se não tiver problema para você, para mim não há.

Peguei a chave da casa e abri pedindo para que a Temari entrasse. Ela pediu licença e entrou, olhando ao redor. O cheiro de comida já denunciando onde a minha mãe está. Fui caminhando na frente, sendo seguido pela loira.

-Mãe. -Ela me olhou e logo fez uma expressão surpresa. -Está é a Temari. Temari, minha mãe Yoshino Nara.

-É um prazer conhecer a senhora. -Minha mãe sorriu, acredito que já tenha gostado dela.

-Igualmente querida, sente-se. -Ela assentiu e eu puxei uma cadeira para que ela se sentasse, e antes que eu fosse me sentar mais longe, ela segurou a minha manga, pedindo que eu me sentasse ao seu lado, o que chamou a atenção da minha mãe.

-Logo a janta fica pronta, vamos comer assim que meu marido chegar e tomar um banho, vai comer conosco?

-Se não for incomodo.

-Nenhum. Shikamaru, leva a bolsa de vocês lá para cima e toma um banho. -Apenas assenti e sai.



Temari



Assim que o Shikamaru saiu eu já imaginei que a mãe dele queria falar a sós comigo, eu já esperava, é claro, mas não posso negar que estou um tanto quanto tímida.

-Como você e o meu filho se conheceram? -Perguntou olhando para aa panelas.

-Na verdade, nós estudamos juntos mas só o conheci na festa antes das aulas começarem este ano... -Falei constrangida.

-Ah... Bom... Ele está lhe tratando bem? -Estranhei a pergunta, mas em quase imediato ela me fez sentido, provavelmente ela está perguntando por conta das coisas que a Ino disse.

-Muito. O Shikamaru está sendo muito atencioso, como lhe disse ontem, ele será um bom pai, nosso bebê mal está aqui e tenho certeza que já sabe o quanto o pai o ama. -Falei timidamente e ela me olhou sorrindo.

-O meu filho é muito tímido, sempre foi, até hoje só tem um amigo, não que eu ache ruim, o Chouji é um rapaz muito bom, é como se fosse da família. Soube que é amiga da Ino.

-Bom, para falar a verdade, não sei lhe dizer se ainda somos amigas, eu soube das coisas que ela falou sobre o Shikamaru e fiquei muito chateada. -Abaixei o olhar, sentindo ela me encarar. -Eu que o fiz beber mais do que deveria. E no fim, bom, aqui estamos. -Ela tocou os meus cabelos e eu respirei fundo.

-Você gosta, de alguma forma do meu filho? -Questionou-me e eu a olhei sem saber o que deveria responder.

-Não nos conhecemos o suficiente, mas o que conheci até agora eu gostei eu.... Acredito que mesmo sem me lembrar, deve ter tido algum motivo para termos chego tão longe naquela noite e, falando com o Shikamaru, bom, quando ele consegue falar, é muito bom.

-Acho que é um bom começo. -Arqueei a sobrancelha e ela riu. Pude ouvir o som de passos no chão de madeira e ela voltou para as panelas.

-Acho que eu.... acho que eu quero tentar algo... com ele. -Falei antes que o Shikamaru chegasse. E ela apenas sorriu.

O Nara chegou na cozinha com os cabelos soltos e úmidos, se ele estivesse com os cabelos soltos na festa, metade do motivo de eu ter dado para ele teria sido solucionado no mesmo instante. Ele puxou a cadeira e se sentou ao meu lado, perguntando se eu estava bem e eu apenas assenti.

Logo o seu pai chegou e a dona Yoshino o mandou ir para o banho, assim como fez com o filho mais cedo.

-O jantar estava maravilhoso dona Yoshino, muito obrigada.

-Não se preocupe querida, não quer dormir aqui? -Perguntou e o Shika virou um pimentão, e até eu mesma fiquei constrangida com o restante da fala. -De toda forma você já está grávida mesmo.

-Mãe! Na-não fale essas co-coisas!

-Bom, talvez outro dia, numa sexta ou num sábado quem sabe. -Respondi sorrindo e o Nara me olhou surpreso, sem conseguir dizer uma palavra.

-Vá buscar a bolsa dela. -Ele apenas assentiu e subiu as escadas, o pai dele lavava os pratos quando a mãe olhou para mim. -O Shikamaru é muito lerdo, se quer algo a mais, sabe que a senhorita vai ter que dar o primeiro passo e...

-Deixa a menina, os dois se entendem. De toda forma, eu tenho certeza que está criança será rodeada por muito amor.

-Tenho certeza que sim. -Respondi sorrindo.

O Shika trouxe a minha bolsa, que eu nem sabia o porquê de ter trazido e me acompanhou até o carro.

-Então nós... nos vemos amanhã. -Disse timidamente e eu concordei, eu me sentei no carro e ele foi caminhando para a porta de casa quando eu abri a porta e o chamei.

-Shikamaru.

Ele me olhou e então o puxei pela camisa juntando os nossos lábios em um selinho.

-Boa noite Nara. -Sorri, vendo seus olhos arregalados pela surpresa e fui para o carro, antes que, assim como ele, eu ficasse morta de vergonha.

De repente grávida - shikatemaOnde histórias criam vida. Descubra agora