De repente grávida - shikatema

Capítulo II

Depois de acordar nu na casa da Yamanaka e com a garota dos meus sonhos ao meu lado, não posso dizer quantas vezes nessas semanas seguintes eu não tenha imaginado ou sonhado com ela, porém, é claro que não nos falamos depois daquele dia.

Uma parte minha dói em saber que provavelmente ela se arrependeu de tudo enquanto a única coisa que eu me arrependo é de ter bebido tanto a ponto de não me lembrar de quase nada.

Quando cheguei em casa e meus pais me questionaram, não precisei falar nada para saberem o que rolou, a minha cara igual um pimentão já falava por si só! E quando as aulas chegaram, eu era apenas o nerd idiota que mal consegue falar e fica observando de longe a garota gata e popular com os amigos.

E nisso, se passaram três semanas e como em todos os dias de semana, fui para a faculdade e cheguei no único amigo que tenho, Chouji. Ele cursa gastronomia, e modéstia parte, ele é ótimo nisso.

-Shikamaru, e ae, está parecendo cansado, virou a noite jogando ou estudando. -Não é como se eu fizesse muitas coisas na vida.

-Jogando rpg.

-Deveria ter me chamado! -Reclamou e eu ri da sua cara de chateado.

-Não era online.

E nesse momento, como em todos os dias da semana, o meu mundo parou e eu já não ouvia mais nada. Ela entrou, com o irmão e rodeada pelos amigos.

Como posso descrevê-la? Loira, pernas grossas, seios medianos para grandes, olhos grandes e verdes, bumbum cheinho que quando coloca um shorts vira uma perdição e tudo isso em 1.60 de altura, o que perto dos meus 1.80, não é muito grande.

Ela ria mas eu percebi que havia algo estranho, algo incomodando ela, mas antes que eu pensasse nisso, Chouji me deu um soco no braço, me trazendo para a realidade. Eu não contei para ele sobre o que houve entre eu e a Temari, ou morreria de vergonha.

-Você sempre vira um pimentão e fica com cara de bocó quando ela chega. -Cocei a nuca timidamente.

-Não é como se eu conseguisse controlar, ela é tão... perfeita. -Ele riu, colocando a mão em meu ombro.

-É meu amigo, você está de quatro por ela.

-E desde quando isto é novidade? Você sabe que sou doido por ela desde o ano passado...

-Não, desde o ano retrasado, quando fomos naquele café e você viu ela pela primeira vez.

-É, você tem razão.

O sinal soou e cada um foi para a sua classe e em meio as aulas, pude ver a Temari olhar para mim algumas vezes, acho que ela percebeu que eu vivo olhando para ela, só de imaginar isto eu já quero morrer!

Quando deu a hora do lanche, eu sai o mais rápido possível, encontrando o Chouji já no refeitório, e me sentei com ele.

-Ela estava olhando para mim hoje, será que ela percebeu? Eu quero morrer! -Joguei logo de cara.

-Olha... não é querendo te assustar, mas ela parece estar vindo na nossa direção. -Senti o sangue se esvair do meu rosto. Ela deve estar furiosa por um cara como eu ficar olhando para ela!

-Com licença, Shikamaru, podemos conversar a sós? -Ela perguntou e eu apenas assenti, seguindo ela para o jardim da faculdade.

-E-Eu... Eu... -Por mais que eu tentasse falar, como sempre; meu nervosismo não permitiu e só pareci mais idiota do que sou.

-Você está bem? Está pálido. -Ela colocou a mão na minha testa e eu apenas assenti, quase desmaiando e ela arqueou a sobrancelha. Não sei o que é pior, a minha cara de tapado ou de apaixonado.... talvez as duas sejam de tapado.

-Estou, po-pode falar. -Disse, me forçando a responde-la.

-Eu... Eu acho que eu deveria ir logo ao assunto, mas vou avisando que é algo muito sério.

-Pode falar. -Percebendo o nervoso dela, eu segurei em suas mãos e vi que ela relaxou um pouco.

-Eu estou grávida.

-O que?! -Por que ela está contando para mim? Pensando bem nós.... nós dormimos juntos. Será que....

-Vamos ter um filho. -Todo o meu sangue se esvaiu do rosto e eu tombei para trás, ela me olhou assustada e com os olhos cheios de lágrimas e então passou a chorar e falar um monte, desesperada. -Eu, eu, me desculpa, se eu não tivesse feito você beber tanto naquela festa nada disso estaria acontecendo. Eu vou entender se você não quiser assumir o nosso filho mas, eu precisava contar para você, era o certo a fazer e.... -Eu vou ter um filho... Vou ter um filho com a mulher que eu sou loucamente apaixonado e... meu Deus ela está chorando!!!!

-Temari, calma, eu vou assumir, claro que eu vou! -Segurei o seu rosto, limpando as suas lágrimas. -Por que não fazemos assim? Sábado vamos no shopping, comemos algo, damos um passeio e conversamos sobre o bebê. -Ele respirou um pouco mais tranquila e, com uma coragem que não sei de onde saiu, eu a puxei para um abraço, o qual foi prontamente retribuído. -Vai ficar tudo bem.

-Obrigada... Eu não achei que você fosse querer assumir.... -Me surpreendi com a confissão dela.

-É claro que sim! Você não fez este bebê sozinha e não vai cuidar sozinha, eu sou o pai e também vou cuidar desta criança. -E da mãe, se ela permitir, eu pensei, agora olhando em seus olhos verdes.

O sinal novamente tocou e ela pediu desculpa por ter tomado todo o meu tempo de intervalo, como se fosse algo ruim estar com ela, mesmo com o choque da notícia. Acho que a ficha ainda não caiu. Ela foi na frente e logo mais eu fui pra sala e lá estava ela, novamente cercada pelos amigos, alguns que se despediam e iam para as suas salas e outros da mesma turma, ao passar por ela, vi os seus olhos se encontrarem com os meus, e para não perder o costume, senti todo o meu rosto esquentar.