Eu estava ansiosa e ter ouvido que ele também estava me deixou completamente feliz, de um jeito que jamais imaginei, talvez a gravidez esteja me deixando mais emotiva.
Durante as aulas, me peguei o encarando várias vezes, como eu podia não vê-lo? Senti alguém me cutucar e vi que era a Hinata.
-Pelo visto vai seguir o meu conselho. -Disse timidamente e quase num sussurro.
-Bom, estou ponde em prática. Temos um encontro hoje e não é sobre o bebê. -Respondi empolgada e vi a Ino abrir e fechar a boca algumas vezes.
-Eu fico feliz por vocês. -A Hinata é um anjo.
-Quem sabe um dia sejamos uma família unida?!
-Você quer algo sério com o... com o Shikamaru? -A Ino perguntou e por mais que eu ainda esteja brava e queira ignora-la, não o fiz.
-Quero. E espero, de verdade, que possamos ser uma família muito feliz. Só nesse curto período juntos eu já me sinto tão.... amada... -A Hinata sorriu e segurou a minha mão que estava por cima da mesa.
-Vocês vão ser! -Apertei a sua mão e sorri.
-Assim espero.
-Só cuida para não avançar de uma vez ele... sempre foi muito tímido. -Ino comentou e dei de ombros, voltando a revezar a minha atenção entre o Nara e o professor.
Toda a vez que o nosso olhar se encontra, ele cora e desvia, eu não preciso dizer o quanto amo isto, preciso? É tão doce que da vontade de morder!
Assim que as aulas acabaram, me despedi de todos e o vi indeciso sobre vir até mim ou não, então fui até ele e começamos a andar pelo corredor, em direção a saída. Pude notar que ele parece estar... querendo perguntar algo, eu diria.
-Shikamaru? Tem algo te incomodando? -Perguntei quando entramos no carro e ele olhou para mim, ficando totalmente vermelho e então desviando o olhar.
-Na-nada!
-Pode dizer, eu não mordo.
-Eu... eu posso...
-Pode...? -Falei o encorajando.
-Posso te beijar? -Perguntou num sussurro e eu senti as minhas bochechas esquentarem antes de responder.
-Pode.
Suas mãos tremulas foram até o meu rosto me trazendo para perto de si, juntando os nossos lábios em um selinho longo que veio a se tornar um beijo necessitado como se ambos precisassem disso para viver. Sua língua quente se encontra com a minha em um carinho suave e intenso mostrando todo o desejo guardado um pelo outro.
Nossas respirações ofegantes, o carro parece apertado de mais e ao mesmo tempo sinto que grande demais porque eu precisava chegar mais perto dele como se fosse a coisa mais coerente a se fazer, como se pudéssemos nos fundir.
Quando nos separamos os seus olhos buscaram o meu como uma pergunta silenciosa sobre o que eu havia pensado sobre.
-Acredito que eu não precise responder, de fato. -Falei baixinho e ele corou. Nos ajeitamos no banco e fui dirigindo até uma pastelaria.
-Acho que acertei quando nós saímos naquela vez. -O encarei e ele ria.
-Sobre o pastel? Acredito que sim. Eu amo pastel. -Eu falei risonha e tomei a sua mão.
Fizemos os nossos pedidos e aos poucos a conversa começou a fluir, ele conseguiu falar normalmente, num tom bom e sem gaguejar nenhuma vez eu morrer de vergonha. Tudo começou a fluir como tinha que ser.
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De repente grávida - shikatema
RomanceNo auge dos meus 20 anos, cursando o segundo ano da minha faculdade de história, fiz a coisa mais idiota que poderia fazer, encher a cara. Ai você se pergunta "mas Temari, o que tem de tão grave nisso" e então eu vos digo. Numa quarta-feira, depois...