Capítulo XXI

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Eu estava sentado no sofá, esperando a Tema voltar, depois de ser quase esmagado pelo Kankuro. Os dois não paravam de falar, para compensar, eu não dizia nada, mas consigo perceber o esforço deles para me deixar a vontade.
-Sua vez. -Gaara disse, me entregando o controle e eu peguei, com a mão um pouco trêmula. “Se controle, Shikamaru”, pensei, respirando fundo, iniciando uma nova partida de Mortal Kombat.
-Nossa, você é bom! -Afirmou Kankuro, derrotado, me fazendo rir. Pude notar que os meninos trocaram um olhar rápido de alívio. Jogamos um tempo e eu comecei a me soltar mais, ficar mais a vontade com eles.
-Vou pedir pizza, pode ser? -O moreno perguntou e eu assenti, ficando na sala apenas com o Gaara.
-Como está a expectativa para segurar o bebê? -Questionou, baixinho, provavelmente o outro irmão ainda não sabe.
-Estou um pouco... muito ansioso. E-eu nunca imaginei q-que.... Que teria algo com a Temari... -Falei, baixinho e ele riu.
-Ela está caidinha por você. Você deve estar tratando ela muito bem.
-Estou fazendo o meu melhor, pelos dois.
-Fico feliz em ouvir isso.
-Pedido feito!
-Pediram o que? -Ao ouvir a sua voz, me virei, vendo os seus cabelos loiros úmidos pelo banho recém tomado.
-Pizza. -Gaara a respondeu, ouvindo o seu celular tocar e pedindo licença para ir atender.
-Ficaram apenas jogando? -Perguntou, se sentando em meu colo, com o corpo de lado, passando o braço por meu pescoço, me deixando incapaz de responder.
-Assim vai matar o menino!
-Mato nada! Ele me ama, não ama? -Apenas assenti, ou acho que fiz isso.
Encostei a minha cabeça em seu pescoço, sentindo o cheiro de morango de algum creme que ela passou. Ouvi algo como “eu não vou ficar de vela”, e acredito que Kankuro tenha saído da sala.
-Shika...?
Beijei o seu pescoço e dei uma mordida de leve, ouvindo ela suspirar. Ergui o meu olhar de encontro ao seu e lhe dei um selinho.
-Eu quero passar todos os meus dias com vocês... -Sussurrei, vendo ela corar e sorrir. -Você disse que gostaria de sair hoje, mas acredito que quando terminarmos de comer, já estará tarde, você demorou no banho, mocinha. -Ela riu, deixando um beijo em meus lábios e se levantando. Se eu sei que ela inventou sobre querer sair? Sei, mas se ela não quer contar, tudo bem.
-Desculpe, amor, podemos ir amanhã, depois do almoço.
-Seus pais vem logo cedo? -Ela assentiu.
-Vai gostar deles, não se preocupe. -Sorri, tentando disfarçar o medo que está me corroendo. Suas mãos deram uma leve apertada nas minhas, antes de juntar as nossas bocas em um beijo delicado.
Seu corpo é tão leve que quase parece que não há nada em meu colo, a presença dela me acalma, me deixa melhor.
-Ei!!! Que nojo! -Nos separamos, eu completamente vermelho e a Mari rolando os olhos para o ruivo.
-Vai se ferrar, Gaara! -Ele riu erguendo as mãos em redenção e ela saiu do meu colo. -Relaxa, amor, estamos em família. -Falou, dando um daqueles sorrisos de tirar o fôlego.
-Estou tentando. -Respondi, baixinho, apenas para ela ouvir.
-Obrigada, por estar aqui. -Toquei seu rosto num carinho.
-Como você disse, estamos em família, eu preciso me acostumar com isso.
A pizza chegou e fomos todos para a cozinha, gostei de todos os sabores que o irmão dela pediu, e não posso deixar de pensar que a Mari e o bebê estavam quase morrendo de fome, pois ela parece desesperada por cada fatia.
Eu não tenho irmãos, é estranho para mim, ver como eles interagem, cheios de picuinhas mas que no fim, não levam a nada, talvez um soco no braço ou apenas risadas, mas nada sério.
Em todas as conversas, me perguntam algo e eu me sinto acolhido e apenas aproveito o momento, deixando de lado as minhas inseguranças.







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⏰ Última atualização: May 30, 2020 ⏰

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De repente grávida - shikatemaOnde histórias criam vida. Descubra agora