Eu estava na casa de Steve. Tínhamos decidido passar o resto da tarde juntos depois da escola, mas como não encontramos nada para fazer, optamos por ir na casa dele já que a Mary, a mãe dele, não estaria em casa.
- O que quer fazer? - quando entramos, Steve se jogou no sofá.
- Não sei - me sentei ao seu lado com delicadeza.
- Está com fome?
- Não.
Quando o olhei, ele estava de olhos fechados. Por um momento, fiquei sem fôlego. Mesmo estando namorando ele há três anos, não podia me acostumar com tamanha beleza.
Seu cabelo castanho claro caía sobre seu rosto, dando um charme a mais. Os cílios dele eram maiores do que ele precisava, o seu nariz era perfeitamente reto e sua boca... Era tão macia e rosada. Totalmente beijável.Mas ele não era só o seu externo, ele era inteligente. A inteligência é digna de admiração. A forma sobre a qual ele adorava desvendar mistérios, me fazia desejar que ele me desvendasse.
Eu queria conhecê-lo até às mais profundas camadas, aquelas que ninguém conhecia. Porque eu amava suas qualidades e queria amar suas imperfeições na mesma intensidade.
Com o coração batendo irregularmente, fiquei admirando-o enquanto seu peito subia e descia calmamente.
Ele parecia ser pintando por um artista, porque sua beleza deveria estar exposta em uma exposição de arte, sua beleza era digna de uma apreciação grandiosa, os seus traços tão perfeitos deveriam ser compartilhados com o mundo, para que se tornasse algo memorável e admirável. Mas admito que eu queria ser uma tela branca em suas mãos, para que ele colorisse minhas manhãs e dias chuvosos. Era egoísta meu querer mantê-lo do meu lado? A única coisa que eu mais queria era prendê-lo junto a mim para me deslumbrar a cada dia com a sua venustidade e para me deixar imergir em seus olhos verdes que eram de uma beleza imensurável.Era cabível guardar algo tão precioso só pra mim?
Será que um dia ele seria capaz de me amar como eu o amo?
Sei das minhas imperfeições e dos meus erros. Sei que não era a melhor opção. Mas ainda sim, eu era a única que dava todo o amor que tinha.
A única que era intensa o suficiente para dar todo o amor que tinha dentro de si.
De repente os olhos de Steve se abriram se abriram, me tirando dos meus devaneios. Seus olhos se encontraram com os meus e se tornaram maliciosos.- Já sei o que quero fazer - ele abriu um sorriso sacana, quebrando todo o clima.
Apesar de tudo, nem tudo era perfeito.
Ele não me deu abertura para falar, apenas me puxou pelo mão escada a cima e quando chegamos em seu quarto, ele me empurrou para a cama dele de uma forma não tão gentil. Agora eu tinha certeza das intenções dele.
- Escuta...eu não estou muito no clima - sussurrei.
Steve não parecia ter me escutado, porque ele simplesmente tinha subido na cama também.
Eu apenas me movi para o topo da cama, evitando contato.- Steve...
- Hmmm? - ele tinha pegado a minha mão e agora a acariciava.
- Não quero fazer isso agora - falei baixo, mas tinha certeza de que ele tinha me escutado.
- E por que não?
- Eu só não estou no clima pra isso agora.
- Por que não? - ele pressionou.
Eu somente dei de ombros.
- Mas eu quero tanto, docinho. - apesar da voz suave, ele ainda parecia um lobo prestes a me devorar.
Como eu não respondi, Steve se arrastou na cama se aproximando de mim pousando sua mão em meu pescoço, fazendo uma leve carícia no local. Logo depois se inclinou e depositou um beijo ali. Depois outro.
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Imersa
RomanceAlice teve um clássico romance com um bad boy da escola, do jeito que as histórias clichês contam. Todavia, depois de alguns anos a relação dela vai se desbotando, a colocando em um dilema: continuar com o seu romance ou dar um fim na história do ca...