Capítulo 6

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Da equipe de investigadores de Las Vegas que chegou para trabalhar no caso faziam parte Sara Sidle e Greg Sanders, encarregados pelo caso nos Estados Unidos, e Gil Grissom, supervisor deles.

Os três chegaram num jatinho no qual haviam embarcado na cidade de São Paulo. César, ao contrário da calça social e camisa que usava normalmente, estava de terno e gravata.

— Sejam bem vindos a Juiz de Fora — disse ele em um inglês enferrujado estendendo a mão para Grissom, um homem alto, de aparência séria, poucos cabelos grisalhos entre os fios castanhos e uma barba e bigode não muito espessos.

Os dois peritos que o acompanhavam pareciam ser mais jovens. Sara era alta e seu cabelo preto ia até os ombros com uma franja quase cobrindo os olhos, enquanto Greg também era alto como o supervisor, porém mais magro e seu cabelo castanho tinha várias mechas descoloridas.

Terminadas as apresentações, César quis levá-los ao hotel para um bom descanso.

— Tudo bem se trabalharmos um pouco. A viagem não foi tão ruim assim. Acho que dormimos na maior parte dela — declarou Grissom sorrindo.

— Bom, er... — César ainda desejava terminar de organizar algumas coisas antes que os peritos tivessem contato com o caso e aquele pedido atrapalhava seus planos. — Não vejo por que não começar já!

Ele seguiu à frente conduzindo os três até seu carro parado perto da pista de pouso e decolagem. César deu um sorriso forçado quando abriu a porta do carro para os peritos e guardou a bagagem que traziam no porta-malas.

Eles foram direto para o prédio da polícia e como já era noite, alguns andares estavam vazios e escuros sem os profissionais que os ocupava durante o dia. César levou o grupo direto para a sala de reunião onde dois policiais traduziam para o inglês, tudo que eles tinham sobre o caso.

— Boa noite — disse Grissom que foi acompanhado por Sara e Greg com acenos de cabeça cumprimentando os policiais. Eles retribuíram o cumprimento com o mesmo gesto.

— Vocês já terminaram a tradução? — perguntou César.

— Faltam só algumas páginas senhor.

— Os investigadores querem ver o que vocês já fizeram.

Os policiais entregaram algumas folhas escritas a Grissom. Ele deu uma olhada e passou-as a Sara e Greg. Havia também algumas fotos da cena do crime e do corpo já no necrotério.

— Em que pé está a investigação de vocês?

— Bom senhor Grissom...

— Só Grissom, por favor.

— Bom, Grissom, nós ainda estamos investigando. Nós encontramos o corpo ontem de manhã. Interrogamos a família e os amigos do menino morto.

— Pois então estendam a investigação para todos os que tiveram qualquer contato com o menino. Estamos trabalhando contra um assassino serial que deixa assinaturas. Eles normalmente conhecem suas vítimas — afirmou Grissom.

— Buscaremos as informações e amanhã sairemos para conversar com as pessoas — disse César.

— Onde está o resto da equipe? — perguntou Grissom que só havia visto mais dois policiais até àquela hora.

— Eles não imaginavam que vocês fossem vir trabalhar hoje — continuou César.

— A investigadora com quem eu falei pelo telefone? Layla... Também não está?

— Ela não está trabalhando mais neste caso, assim como os outros dois que trabalham com ela. Com o apoio que recebi não achei que seriam tão necessários e já deleguei novas investigações para eles.

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