Capítulo 10

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O grupo de policiais se dividiu em três carros para ir até a casa de Eduardo. Além de César, Fernando, Cristiano, Layla e os peritos de Las Vegas, Samara e Renato também se juntaram a eles.

Ele morava em um condomínio com vários blocos de prédios perto de onde Maurício havia sido morto. César bateu na porta algumas vezes e como ninguém respondeu, deu permissão aos policiais para arrombar a porta.

A movimentação chamou a atenção dos vizinhos e enquanto o grupo de peritos ficou encarregado de vistoriar o apartamento, os policiais saíram junto com César para conversar com aqueles que não correram para se esconder em seus apartamentos.

Quarto, sala, cozinha e banheiro eram os únicos cômodos da casa. Grissom e Samara foram os responsáveis por periciar o banheiro, Greg e Renato ficaram encarregados de procurar evidências na cozinha e na sala enquanto Layla e Sara vistoriavam o quarto.

A mobília era mínima. Apenas uma cama de solteiro, um armário pequeno para roupas e uma cômoda estreita com três gavetas.

— O macacão que ele usava no trabalho — mostrou Layla segurando a porta do guarda-roupa usando luvas de látex para não comprometer nenhuma evidência. Sara, que ainda calçava suas luvas, olhou para ela.

Enquanto Layla procurava por algum fundo falso no guarda-roupa, a perita de Las Vegas olhava as gavetas da cômoda.

— Acho que nossa busca não terá sido em vão — Sara ergueu um rolo de fita vermelha que tirou da última gaveta.

— Não é estranho?

— O que?

— Tudo indica que ele é o homem que estamos procurando. Mudou de aparência, de nome... — Layla parou de mexer dentro do guarda-roupa. Não havia mais nada que pudesse encontrar ali dentro. — Tudo isso faz sentindo, mas ele ter ficado tão desleixado é estranho.

— Ele deve ter uma motivação para cometer esses crimes e provavelmente quer que a gente descubra qual é — Sara fechou a gaveta.

— Tem alguma coisa embaixo da cama... — Layla se jogou no chão. — Achei que pudesse ser a bola...

— O que é? — perguntou Sara.

— Uma caixa de sapato — a perita a colocou em cima da cama antes de tirar a tampa. — Um envelope com dinheiro.

— Parece que ele não trocou tudo o que tinha por dinheiro local — Sara analisava as notas de dólar.

— Deve ter preferido guardar depois de ter gasto uma nota para fazer isso — Layla entregou um passaporte nas mãos de Sara.

— Falso?

— Totalmente — a perita continuou esvaziando a caixa tirando outro envelope lá de dentro. — Fotos... — ela ia olhando as imagens de passando para Sara. — São todas crianças. Serão mais vítimas dele?

— Não é nenhum dos que nós encontramos — respondeu Sara.

— Esse garotinho aqui se parece muito com o Eduardo. Será filho dele?

— Vamos perguntar quando o encontrarmos — afirmou Sara. — Mas antes, precisamos processar o que encontramos para ter certeza que estamos lidando realmente com nosso procurado.

— Sem a bola, a arma usada no crime e sem conseguir provar que a fita que eu encontrei pertence ao mesmo rolo que você achou, só temos um estrangeiro usando nome falso e ameaçando colegas de trabalho.

— Pelo menos temos como intimá-lo para um interrogatório — Sara se aproximou de Layla e tocou o ombro dela. — Não desanime.

A perita sorriu em agradecimento.

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