— Imagino que ainda seja um pouco cedo para voltarmos ao laboratório para ver os resultados do DNA — comentou Grissom enquanto Layla manobrava pelo estacionamento.
— Com certeza — concordou ela com o carro parado na saída. — Mirian vai me ligar quando eles estiverem prontos.
— Onde estamos indo?
— Pensei em deixar você no hotel e esperar em casa.
— Você aceitaria uma mudança de planos?
— Estou aberta a sugestões — a perita tentava manter a expressão serena, mas o nervosismo já começava a manifestar com pontadas em seu estômago.
— Algum lugar onde podemos tomar um café? — sugeriu Grissom.
— Tem uma padaria no meio do caminho entre o prédio da polícia e o hotel.
— Se importaria?
— Claro que não. Estou mesmo precisando colocar algo no estômago — Layla sentia a boca seca, mas mantinha o sorriso no rosto.
Ela dirigiu pelas ruas não muito cheias como era de se esperar para as nove horas da manhã de um domingo e ocupou uma das quatro vagas disponíveis no estabelecimento na frente da padaria.
Na parte da frente do lugar ficavam os caixas e as prateleiras com os produtos comercializados, mas nos fundos havia uma área com várias mesinhas redondas de madeira com três cadeiras em volta.
A toalha branca de borda rendada sobre cada uma combinava com as cortinas que cobriam os vidros das janelas, no momento fechadas para barrar o vento frio que vinha de fora.
Layla deixou que Grissom escolhesse a mesa e ele caminhou até uma mais ao canto encostada à janela. Posição completamente oposta às únicas duas mesas ocupadas no recinto.
Uma mulher usando um avental branco sobre a roupa azul-marinho se aproximou entregando dois cardápios a eles. Depois de traduzir a opções para Grissom, ela fez o pedido.
— Uma xícara de café para ele e uma de chocolate quente com creme para mim.
— Vão querer algo para comer? — perguntou a atendente.
— Uma porção de minipão de queijo, por favor.
Com os pedidos anotados, mulher se afastou.
— Não sei se você chegou a experimentar essa iguaria no hotel, caso não tenha, é minha obrigação corrigir essa falha — completou a perita depois de explicar a Grissom o que havia pedido.
— Culinária local?
— Ainda será declarado patrimônio cultural e imaterial do estado de Minas Gerais*, tenho certeza!
— Realmente não posso ir embora sem experimentar.
A mulher voltou com uma bandeja trazendo os pedidos e um recipiente com sachês de açúcar, adoçante e talheres.
— Bom apetite.
Layla e Grissom agradeceram.
— Sirva-se — ela empurrou o cestinho de palha forrado com tecido azul cheio de pães de queijo para o perito enquanto misturava o creme em seu chocolate quente.
— Nunca comi nada parecido — disse ele após experimentar. — Realmente muito bom.
— Eu adoro também.
— Conseguiria viver sem? — Grissom pegou mais um pão de queijo antes de experimentar o café.
— Não sei, acho que sim. Não sou muito difícil de me adaptar — Layla achou a pergunta um tanto quanto estranha. — Mas sentiria saudade — ela pegou um dos pãezinhos no cesto e comeu.
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Esconde - Esconde
FanfictionO assassinato brutal de uma criança choca os moradores do interior de Minas Gerais. O que os policiais não esperavam é que o rastro do criminoso viesse de tão longe. Trabalhando junto com os peritos do Laboratório Criminal de Las Vegas, Sara Sidle e...