Eduardo foi levado para a mesma sala de interrogatório aonde Samara havia conversado com dois meninos amigos de Maurício. César se sentou de um lado da mesa de frente para o interrogado.
— Pode me dizer seu nome completo? — o tom de voz do investigador era formal e nada amigável.
— Eduardo Fonseca.
— Quero o verdadeiro, não o que está nesse passaporte falso — ele jogou o saco plástico contendo o documento sobre a mesa.
— Isso não ser falso...
César levantou a mão para impedir que ele continuasse.
— Se não vai contar a verdade, irei prendê-lo por mentir.
— Tudo bem... Eu me chamar Edward Foster Junior. Ser quase a mesma coisa. Eu preferir um nome em português para viver aqui.
— Isso é ilegal, e esse documento ficará com a gente.
— Mas eu precisar viajar. Meu sobrinho esperar pela presente...
— Já chega! — gritou César batendo com força na mesa. — Nós encontramos essa arma na sua casa, com suas digitais e sabe o que mais? Nela estão faltando duas balas que foram encontradas em um cadáver em Las Vegas! O que você tem para me dizer?
— Quero um advogado.
— Você terá um advogado o mais rápido possível. Mas terá que esperar por ele aqui na delegacia.
César se levantou rápido quase derrubando a cadeira onde estava no chão e bateu a porta da sala de interrogatório com força.
— Ele pediu um advogado. Temos que esperar — disse para Fernando que esperava do lado de fora da sala.
— Ele confessou alguma coisa?
— Só admitiu o uso do passaporte falso para ter um nome em português... — César exibiu a evidência enquanto encostava as costas na parede do corredor. — Acho que fui um pouco afoito. Assim que eu falei sobre a arma o filho da mãe pediu o advogado.
— Isso não é bom. Ele pode conseguir se livrar das contravenções pagando fiança.
César parou a conversa para atender seu celular.
— Desgraçado! — o policial amassava o passaporte enquanto ouvia as notícias. — E o que temos para encarcerar ele? — César esperou pela resposta. — Ótimo! Venham logo para cá então! — ele desligou o aparelho.
— O que aconteceu? — perguntou Fernando?
— Encontraram o Luiz... — César bufou com a frustração.
— Não acredito! — o policial balançou a cabeça em negativa. — Nem mesmo com a gente na cola dele...
— Mas dessa vez ele não vai escapar! Conseguiram uma digital, com sangue! Os peritos já estão vindo para o prédio com as evidências.
— Espero que tenham descoberto mais do que eu — Renato vinha andando pelo corredor. — No carro só tem digitais do Eduardo. No patinete tem dele e outras desconhecidas.
— Logo você vai ter amostras do Luiz para comparar... — comentou Fernando.
— Encontraram ele?
— Infelizmente não da forma como gostaríamos... — César alisava a evidência minimizando o estrago que tinha feito enquanto recebia a notícia do assassinato. — Mais do que nunca precisamos descobrir algo que o ligue aos crimes.
— Nós vamos conseguir — Fernando tentou sorrir.
— A propósito, — César levantou o passaporte. — Ele admitiu ser falso e seu nome verdadeiro é Edward.
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Esconde - Esconde
FanfictionO assassinato brutal de uma criança choca os moradores do interior de Minas Gerais. O que os policiais não esperavam é que o rastro do criminoso viesse de tão longe. Trabalhando junto com os peritos do Laboratório Criminal de Las Vegas, Sara Sidle e...