Capítulo 16

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Layla dirigiu primeiro até o hotel onde planejava deixar Grissom e Sara para depois seguir até o laboratório onde ofereceria a ajuda de Greg para Mirian no processamento das evidências.

— Precisam de ajuda com o português? — perguntou ela quando Sara desceu do carro.

— Não, — respondeu a perita. — O pessoal aqui se comunica em inglês razoavelmente bem.

Grissom, que estava no banco do carona, permaneceu sentado.

— Achei que você fosse ficar... — Layla tentava entender o motivo dele não ter saído.

— Não estou muito cansado. Vou acompanhar vocês até o laboratório — disse ele com um sorriso estampado no rosto.

— Tudo bem então — ela ligou o carro novamente. — Até mais tarde Sara. Quando César ligar, passo aqui para te buscar.

A perita se despediu e entrou no hotel.

Em pouco tempo os três chegaram a um prédio anexo ao hospital onde funcionava o laboratório. A perita ficou contente em ver o carro da amiga parado em frente ao edifício.

O trio desceu do carro, caminhou pela entrada de pedra ladeada por um jardim tropical e atravessou as portas automáticas de vidro da recepção.

— Vocês esperam aqui por um instante? — pediu Layla.

— Claro — respondeu Grissom.

Aquela era a parte de atendimento ao público e por isso estava tão vazia. Os técnicos que estavam de plantão para o hospital, entravam por outra parte do anexo.

A perita andou sem fazer barulho sobre o piso de porcelanato esmaltado que brilhava de tão polido. O cheiro de produtos químicos era cada vez mais forte à medida que ela caminhava mais para o interior do edifício.

— Miriam — a perita chamou a amiga sem entrar na sala esterilizada onde uma mulher de cabelo castanho claro preso em um rabo de cavalo verificava as modernas máquinas.

— Layla — a mulher saiu da sala e abraçou a amiga no corredor. — Estou horrorizada com esse caso. E então, o que você trouxe para eu analisar?

— Algumas coisinhas. O Renato encontrou uma mancha não identificável nessa arma. Parece sangue. Se for, precisamos saber de quem é.

A perita carregava uma bolsa tipo carteira e começou a tirar as evidências embaladas de dentro dela.

— Tem também essa navalha com algumas manchas de sangue. Preciso que você separe cada uma e identifique. E mais duas amostras de sangue recolhidas no local do último assassinato — ela continuou. — Essas aqui são as amostras para comparação. Sangue das duas vítimas e o DNA do suspeito está nessa peruca... — Layla ameaçou um sorriso discreto — se tivermos sorte.

— Quantos dias exatamente eu tenho para analisar isso tudo?

Dessa vez a perita sorriu com mais vontade.

— Não se preocupe, eu te trouxe ajuda.

Miriam deixou as evidências dentro da sala onde faria as análises e seguiu a amiga de volta até a recepção.

— Dois dos peritos de Las Vegas estão aqui — ela parou de frente para eles que se aproximaram para cumprimentar a técnica de laboratório. — Gil Grissom e Greg Sanders.

Os três trocaram cumprimentos. A partir de então a conversa seguiu em inglês.

— Antes de se tornar perito, Greg era especialista em DNA no laboratório da criminalística e se ofereceu para te ajudar — explicou Layla.

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