Samara, Layla e Renato não passaram muito tempo em sua sala. Pouco depois que eles chegaram, a investigadora recebeu uma mensagem do legista em seu celular informando que havia terminado as necropsias. O trio então seguiu para o estacionamento e deixou o prédio.
Doutor Túlio os recebeu na sala onde os corpos eram armazenados. Além de sua escrivaninha, havia geladeiras em forma de gaveta em duas das paredes que iam do chão ao teto.
Depois de trocarem cumprimentos, o médico legista foi informando o que tinha descoberto em cada cadáver.
— Este homem — ele puxou uma das gavetas. — Morreu de infarto fulminante perto de sete horas da noite de ontem. — O legista se aproximou de outra gaveta e a puxou — o menino morreu devido a um corte profundo no pescoço que rompeu a carótida provocando sangramento intenso até a sua morte perto das cinco da tarde.
— Algum detalhe atípico que possa nos ajudar? — perguntou Samara.
— Apesar do garoto ser muito pequeno, não é comum uma morte tão violenta sem marcas de luta. Estou suspeitando que ele tenha sido drogado. Já mandei uma amostra de sangue para análise e teremos o resultado amanhã de manhã — Túlio pegou um papel sobre sua escrivaninha e entregou para Layla que estava mais perto dele. — A julgar pelo conteúdo do estômago, acho que ele ingeriu a droga.
— O que encontrou? — continuou Samara.
Túlio retirou um pote de dentro de uma pequena geladeira quase oculta por sua mesa contendo pedaços do que parecia massa de modelar — balas mastigáveis.
— Acho que me lembro de algum dos meninos ter mencionado que o estranho oferecia balas... — comentou Renato.
— O que conversou comigo disse isso... — comentou Layla. — Você já vai liberar os corpos? — ela dobrou o papel pensando em guardar em sua bolsa que estava no carro.
— O do homem sim, mas o menino eu prefiro esperar vir o resultado desse exame antes de liberar.
— Talvez seja melhor esperar um pouco pelos dois — continuou Renato. — Tem uma equipe de peritos de Las Vegas vindo acompanhar o caso. Pode ser que eles queiram ver os corpos.
— E por que a polícia internacional está sendo envolvida?
— Talvez o assassino seja de lá — respondeu Layla.
Doutor Túlio sentou em sua cadeira e cobriu a boca com a mão. Depois de um tempo em silêncio anunciou — melhor eu esperar um pouco mesmo. Quando eles chegam?
— Vão tentar estar aqui até amanhã à noite — disse Samara.
— Tá certo. Obrigada por avisar.
Depois de se despedirem, o grupo deixou o IML.
— O homem infartou depois de encontrar o filho morto. Não vejo outra explicação — comentou Layla que dessa vez estava ao volante.
Renato e Samara concordaram com ela, mas não puderam conversar, pois a investigadora recebeu uma ligação que não podia deixar de atender.
— César quer falar com a gente — anunciou ela quando desligou.
— Acho que rodamos nessa... — Layla já estava sem esperança.
— Vai ver não é isso — Samara tentou desconversar, mas ela sentira algo diferente no tom de voz de César enquanto falava com ele.
Assim que o trio chegou à antessala do chefe, Marta os fez entrar.
— Investigadores, tem alguma coisa sobre o caso que eu não sei? — perguntou ele girando sua cadeira em direção à porta.
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Esconde - Esconde
FanfictionO assassinato brutal de uma criança choca os moradores do interior de Minas Gerais. O que os policiais não esperavam é que o rastro do criminoso viesse de tão longe. Trabalhando junto com os peritos do Laboratório Criminal de Las Vegas, Sara Sidle e...