Logo de Manhã

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FLASHBACK 3

RAFAELLA

Abri os olhos com a claridade. Ok, isso foi um erro. Sentia um peso sob meus ombros e logo percebi que havia dormido em cima de Gizelly, seu braço repousava em mim. Olhei pra cima e ela dormia tranquilamente, sua respiração fazia cócegas em meu couro cabeludo. Sorri.

Ainda bem que a ressaca não tinha batido e eu lembrava de cada detalhe. Da forma como me segurou no carro durante a freada, como olhou pra mim enquanto eu dançava e como havia sido gentil comigo. Não sei em que ponto apagamos, mas lembro dela fazendo carinho no meu cabelo e beijando minha testa. Seu semblante era calmo, assim como a manhã de domingo em que estávamos. Não queria acorda-la, mas acabei me levantando rápido demais e ela passou as mãos pelo rosto.

- Bom dia - disse ela sorrindo.
- Bom dia - sorri de volta e me sentei no sofá.
- Você sabe que horas são? - perguntou com a voz rouca - balencei a cabeça negando.
- Posso usar o banheiro?
- Fica no fim do corredor, pode ir lá - Ela levantou e seguiu andando - tem escova de dente nova na primeira gaveta, pode pegar - completei. Olhei no relógio ainda e ainda era cedo. 6:40 da manhã. Não haviamos dormido muito.

Caminhei até o banheiro do meu quarto e fiquei parada em frente ao grande espelho me olhando. Ainda usava a mesma roupa de ontem e a mesma maquiagem também. Escovei os dentes, peguei um demaquilante e comecei a limpar o rosto. Derrubei o frasco no chão e logo ouvi Gizelly chamar meu nome.

- Tô aqui, Gi. Vem cá - preparei um algodão com demaquilante e quando ela entrou no banheiro, entreguei em sua mão.

Limpamos nossos rostos e eu comecei a implorar para que ela ficasse para tomar café da manhã e que aceitasse uma roupa para tomar banho.

- Você não vai sair da minha casa sem comer, Gizelly! Não tem cabimento uma coisa dessas - insisti.
- Meu Deus, Rafa, como você é mandona, caras!

Sai do banheiro, passei pela minha penteadeira de maquiagens e entrei no closet. Gizelly me seguia enquanto reclamava que eu estava fazendo as coisas do jeito que eu queria. Peguei uma calcinha nova, uma blusa branca lisa e uma bermuda e coloquei em suas mãos.

- Essa bermuda vai ficar folgada em mim, eu visto a mesma calça, sem problemas e com todo respeito, Rafa, você tem uma bela bunda! - Ela me olhava de um jeito divertido.
- Obrigada e agora tome - coloquei uma toalha em cima das roupas em sua mão  - no banheiro tem sabonete novo, só me apareça aqui quando estiver limpinha e cheirosa.

Também tomei banho e fui para cozinha preparar o café. Minutos depois Gizelly apareceu de calça e com o sutiã preto rendado que tive o prazer de ver na noite anterior, perguntando onde tinha desodorante. Não pude evitar e acabei encarando seus peitos, mas passei tempo demais observando.

- Os gêmeos estão com vergonha, Kalimann - Ela me olhava com malícia - Não vai se desculpar por ficar me encarando quase sem roupa? - ela passou a língua nos lábios e sorriu em seguida.
- Não posso me desculpar por olhar o que é bonito. Na verdade eu queria mamar, Gizelly - Pensei.

Peguei sua mão e voltamos para o banheiro, onde entreguei o desodorante. Ela usou e ao me devolver, escapuliu da minha mão. Gizelly se abaixou para pegar e me encarou de baixo.

- Então essa é a visão?

Num piscar de olhos, nossos lábios já estavam colados num beijo feroz. Por ser mais forte, levantei as coxas de Gizelly, que prontamente entrelaçou as pernas em minha cintura e sem romper o beijo, nos levei até a cama. Meu primeiro ato foi remover a calça jeans.

                                    ●○●

GIZELLY

Com sua magnifica boca, Rafa mordiscava e chupava meu abdômen, parando ao chegar em meus seios. Rapidamente fiquei de joelhos na cama e com uma ajudinha, consegui arrancar meu sutiã fora. Ela me olhava de forma sedenta, rapidamente Rafaella passou e ficou atrás de mim. Sentia seus seios em minhas costas e uma de suas mãos afastou o cabelo do meu pescoço. Ali, distribuiu vários beijos, mordiscava o lóbulo de minha orelha. Meu corpo estava eriçado. Rafa me abraçou por trás e uma de suas mãos apertava levemente meu seio - que já estava duro - provocando. Sua outra mão deslizou e senti um leve aperto em meu sexo. Eu estava quente. Sedenta. Desejando.

- Rafa - gemi seu nome e aquilo pareceu ser música para os ouvidos dela.
- Shhh - sussurou em meu ouvido - eu tô aqui.

E ela realmente estava. Sua mão logo deslizou por baixo do tecido fino da calcinha e eu estava molhada. Uma cachoeira. Seus movimentos, a principio eram suaves. Empurrava de leve meu clitóris. Beijava meu pescoço. Acariciava meu peito. O plano dela é me matar?

Seus dedos faziam movimentos circulares e logo comecei a rebolar. Sem aviso prévio, empurrou dois dedos e eu gemi. Estava completamente presa em seus braços, meu corpo arqueava de prazer e ela tinha total controle. Intensificou os movimentos. Entrava. Saia. Pressionava. Entrava. Saia. Pressionava.

- Rafa... eu não estou mais aguentando- arfei fraca.

Ela mordiscava o lóbulo de minha orelha e ainda apertava meu seio e ainda me instigava a rebolar. Suas estocadas eram certeiras. Gemi alto e perdi totalmente o controle sob meu corpo, que parecia querer explodir para todos os lados. Gozei.

Rafa ainda beijava meu pescoço e segurava meu corpo. O que me deixava extremamente feliz, pois eu estava numa consistência gelatinosa.

- Você não tem noção do tanto que cê é gata e gostosa - sussurrou em meu ouvido - hoje estou muito feliz, pois comi a sobremesa antes mesmo de tomar café - ela se ficou na minha frente novamente e me deu um selinho - vou preparar nosso café - e saiu saltitando.

                                    ●○●

- Você é sempre tão mandona assim, Rafa?
- Não, isso é só com você que é a rainha da teimosia - brincou
- Sangue, fogo e labareda - ri e em seguida tomei um gole de café.
- Obrigada pela noite de ontem, me diverti muito mesmo - Ela segurou minha mão- Minhas pernas estão doendo de tanto que dancei.
- Eu quem agradeço - beijei a parte de trás de sua mão.

Acabamos de comer e não deixei Rafa cuidar da louça sozinha. Lavei os pratos e ela os secou. Quando me dei conta, já eram 8:30, eu já deveria estar em casa.

- Rafa, preciso ir embora.
- Você é sempre tão estraga prazeres assim? - ela debochou.
- Preciso organizar minha mala... - fui interrompida.
- Mala? - sua voz saiu levemente mais alta do que o normal.
- É, eu preciso voltar pro Espírito Santo. Meu voo é no fim da tarde - nós nos conhecemos e tudo aconteceu tão rápido que não havíamos conversado sobre esses pequenos e importantes detalhes.

Conversei com Rafa sobre o meu trabalho aqui em São Paulo. Contei que vinha para cidade praticamente toda semana e que aqui, trabalhava no escritório de uma amiga, a rainha da sofrência Taís Dadalto. Rafa riu. Ela não estava triste, mas algo estava lhe incomodando. Também contei que aqui, dividia apartamento com uma amiga que estava fora do Brasil.

- E quando você volta? - perguntou baixinho.
- Se tudo der certo, volto na quinta - respondi enquanto amarrava a coturno.

Sentia os olhos de Rafa em mim e amarrei o cadarço o mais rápido que consegui. Meu coração começou a acelerar do nada. Eu estou nervosa? Ou será anciosa? O que está mulher está fazendo comigo? Levantei e ela estava em pé perto da porta.

RAFAELLA

Ela levantou, pegou o telefone que havia deixado em cima da mesa e a chave do carro. Veio andando preguiçosamente em minha direção, fazendo beicinho e tudo. Eu não queria rir, mas acabei rindo pois ela realmente parecia um bebê. Ela encarava meus olhos.

Sem avisar, deu mais um passo e me abraçou. Fechei os olhos e a envolvi com meus braços da forma mais aconchegante que consegui. Sentia sua respiração em meu pescoço, isso provocou arrepios pelo meu corpo. Gizelly então começou a distribuir beijos desde a base do meu pescoço até minha mandíbula, meu queixo e finalmente minha boca. Uma de suas mãos estava firme em meus cabelos e a outra estava apoiada no topo de minhas costas. Apertava seu corpo contra o meu, mordiscava meu lábio descaradamente e quando eu assumi o controle do beijo, ela parou abruptamente, me deixando com beicinho no ar.
- Preciso ir - disse ela colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Eu estava ofegante. Meu corpo estava ofegante.

- Ainda é cedo - tentei, mesmo sabendo que não surtiria efeito.
- Obrigada por tudo e vê se não esquece de mim - falei com a voz tristonha.
- Quanto drama - ela sorriu - nos vemos em alguns dias, ok?

Alguns beijos depois, ela havia partido.

Ela é amiga da minha mulherOnde histórias criam vida. Descubra agora