Capítulo 30

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A caravana do Lorde chegava na propriedade do velho Charleston. O pagamento do resgate estava no baú, da maneira que foi exigido. Os guardas se mantinham atentos, pois sabiam que poderia ser uma emboscada.

O lorde estava aflito, a chuva já estava caindo e aquele clima cinzento o deixava mais apreensivo. Olhava constantemente pela janela, procurando alguém da gangue.

Seguiram até a casa grande do velho Charleston. Dominic desceu ao lado do lorde, cheios de raiva.

-- olá, que bom que não demoraram!-- saudou Magnus, sorrindo maliciosamente.-- Infelizmente, o nosso anfitrião está indisponível, então, irei receber vocês por ele.

Entraram na casa para se abrigar da chuva. Viram o pobre velho Charleston amarrado num canto próximo a lareira. Era apenas uma vítima também, pobre homem!

-- Vamos ao que interessa: trouxeram o pagamento?-- começou Magnus, ansioso.

-- Quero ver Beatrice. Quem me garante que não a mataram?-- se impôs o lorde, seu sangue fervia.

-- Imagina que iria pedir isso. Todavia, ela não está aqui. Beatrice está segura no esconderijo.

-- eu não quero saber. Vou dar meia volta nesse instante, se não puder vê-la. Não irei realizar o pagamento antes de ver se Beatrice está bem.-- o Lorde continuava irredutível.

Magnus chamou um de seus comparsas e conversaram com cochichos. Enfim, ele disse:

-- então vamos até lá. Poderá ver com seus próprios olhos.

Selaram os cavalos. O lorde e Dominic apenas poderiam seguir adiante, Magnus e um dos companheiros foram na frente.

Cavalgaram por longos minutos, a chuva continuava e lorde estava começando a ficar impaciente. No meio de uma floresta, podiam ver uma cabana velha de madeira. Sentiu um nó no estômago ao imaginar que Beatrice estava lá.

Chegaram ao tal casebre, e Magnus entrou chamando por Gian Carlo. Como não obtinha resposta, começou a se desesperar. Correu até o quartinho onde Beatrice ficava e destrancou a porta.

Encontrou Gian Carlo se levantando, com o rosto ensanguentado.

-- Oh, meu Deus! O que houve aqui?-- berrou Magnus, conturbado.-- Cadê a Beatrice? Não vai me dizer que deixou ela escapar!

-- Aquela vadia…-- respondeu Gian Carlo, saindo do quarto.

O lorde e Dominic estavam a posto, esperando uma explicação.

-- Onde está Beatrice? Você fez mal a ela?-- Dominic interrogou, agarrando o homem pelo colarinho.

-- Ei, não vamos perder o juízo…-- Magnus tentou acalmar eles.

-- O juízo eu já perdi.-- disse o lorde, se aproximando.-- Quero saber onde ele está, seu estrume! Não vai me dizer que matou sua própria irmã!

-- Claro que não! Eu deixei ela nesse quarto e o imbecil do Gian Carlo tomando conta dela! Alguém deve ter invadido… diz pra eles, Gian Carlo!

-- Ela fugiu.-- o homem disse, limpando o sangue do rosto.-- Ela me bateu e fugiu.

-- Como uma donzela em perigo te enfrenta e te derrota?!-- berrou Magnus, desesperado e incrédulo.

O lorde olhou para Gian Carlo, estava com as calças desabotoadas. Sentiu a ira saindo de dentro de si para seus braços, que Imediatamente prenderam o indivíduo contra a parede, numa fração de segundo.

-- Você tentou alguma coisa contra ela!-- urrou o lorde.

Magnus não sabia bem como reagir.

-- Impossível, todos sabiam que não podiam tocar um dedo em Beatrice. Ela estava segura.

O Grande Amor De Um LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora