OO3: Golpe de sorte.

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Era de tarde, não tanto para já estar escuro lá fora, mas o necessário para se ter uma vista bonita do sol ao se pôr no horizonte. Jungkook, mais uma vez, passava pelas ruas estreitas de Arles com seu Opala, enquanto seu glam rock favorito tocava e os dedos balançavam sobre o volante.

Essa noite ele investigaria a boate Império, mas algo dentro de si simplesmente sussurrava que algo muito maior que isto estava prestes a esbarrar com sua vida. Mas isso não o assustava, pelo contrário, apenas o fascinava ainda mais.

Então ele acelerou, pisou fundo na medida que seu coração ordenava e, depois de gastar um tanto mais de diesel, chegou naquela tão famigerada rua de boates com dançarinas exóticas e de serviços dos quais não lhe interessavam por agora.

Depois de encostar na guia da calçada, Jeon deu alguns passos a mais até avistar o letreiro piscando em azul com o nome do estabelecimento.

- Império, é? Vamos ver o quão metidos na merda vocês estão. - Ele ajustou sua jaqueta de couro no corpo e sem demora entrou pela porta principal.

Se fosse para tratar de negócios, iria pessoalmente até lá.

Era um lugar luxuoso, ele precisava admitir, mesmo que cafona. Mulheres com corpos terrivelmente sexys, rapazes atraentes e música boa era o mais chamativo ali.

- Deseja uma bebida, senhor? - O garçom perguntou.

- Um whisky, por favor. - E Jung Kook respondeu.

Ele sorriu mais uma vez, então sumiu de vista no meio daquela multidão agitada, e Jung Kook só o viu quando ele trouxe sua bebida, o qual ele agradeceu de bom grado. Se estava prestes a socar alguns cretinos que o álcool lhe ajudasse a se aquecer.

Jeon sabia bem que não poderia simplesmente solicitar uma conversa com o dono daquele lugar, então teria de fazer pelo método antigo mas que por via das dúvidas, era o mais funcional.

Enquanto um dos seguranças estavam distraídos com uma das streapers, Jung Kook aproveitou sua chance para se esgueirar por de trás das cortinas brilhosas do camarim das dançarinas. Andou mais um pouco e seguiu o corredor extenso, quando dobrou a sua esquerda teve de lidar com um pequeno imprevisto: Seguranças com o dobro de sua altura impossibilitando a sua passagem. Ele teria de optar pelo jeito ortodoxo de lidar com a situação.

Um soco bem dado em seu estômago e uma chave de braço bem aplicada, foi não só o bastante, como o necessário para derrubar o grandão, por mais que tinha de lidar - simultaneamente - com o menorzinho, ele foi o mais fácil, Jungkook só precisava ter livre acesso para chutar com força seu peito e então depois enforcar-lo até que ele estivesse desacordado.

Jungkook ajustou sua jaqueta mais uma vez, desembalou um dos seus chicletes de morango favorito, colocou entre os dentes e mascou na medida que abria a porta à sua frente. Com a plaquinha "Diretoria" indicando.

- Fiquei sabendo sobre você. - Ele fez uma pausa dramática. - JK. Líder daqueles vermes comunistas, não é?

- Isso não é jeito de um anfitrião tratar os seus convidados. - Jungkook, que ria de forma irônica, se sentou sobre a cadeira ao seu lado. - Mas por hora, deixemos de lado tal formalidade, Anthony.

- Fala de uma vez. O que você quer? - O chefe acendeu seu cigarro, se acomodando na sua poltrona enorme e confortável.

- Acerto de contas. Ou acha mesmo que vai sair de graça? Um dos meus, por um dos seus.

- Você não tem medo? De vir aqui e agir como tal?

- Não. Você quem deveria ter.

- É o que vamos ver. - O homem riu, segurou um pequeno rádio em mãos e com aquela boca suja falou: - Seguranças, temos um intruso.

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