O1O: Eternamente Jovens.

101 21 114
                                    

"Se não nessa, que seja em outra vida, mas a ideia de viver por você compensa a eternidade."

"Para sempre." — Taehyung beijou a ponta de seu polegar e levou até a testa de Taeyang.
"Sempre." — Taeyang sorriu, fazendo o mesmo. E assim, eles se despediram.

Aquilo era uma realidade que eles precisavam encarar, Taehyung corria perigo. Mas o fato de Jungkook não saber o que fazer é que mudava de parâmetro, foi quando teve a ideia, ligaria para seu tio e então pediria auxílio, o qual finalmente obteve.

Levaria ele para um lugar afastado, nos cânions perto da divisa entre Arles e França.

Ninguém fora os monarcas sabiam do paradeiro atual de Jeon e Kim, muito menos para onde eles iriam.

À 45 km por hora, ele acelerava em direção ao destino, mas a mente de Taehyung já não era mais a mesma desde que soube que talvez pudesse ser o último de seus atos cruéis, estava assustado, temia o pior, então ele juntou as suas mãos, fechou os olhos e orou para qualquer entidade que pudesse lhe escutar, aquela foi a terceira vez que o menino rezou aos céus; a primeira quando perdeu Jungkook, a segunda quando sua mãe o deixou e agora para que não deixasse seu irmão sozinho.

— Chegamos. - Jungkook disse, estacionando em um lugar sinistro a primeira impressão. — Vem.

Era um pequeno vilarejo, perto das montanhas e dos silos antigos, veteranos monarcas do tempo de seu tio moravam ali, então eles poderiam ajudar.

O que Jungkook não contava era que uma surpresa os aguardava.

Eles andaram um pouco mais, mas somente quando entraram em um dos casebres, encontraram todos mortos, mulheres, homens e seus filhos, todos eles sem vida no chão de suas casas.

Horrorizado, Taehyung saiu daquele cômodo com a mão em sua boca.

— Porra. - O gângster chutou o chão, enraivecido.
— Não há outro lugar? - Questionou Taehyung.
— Somente acima das colinas, mas é arriscado. - Ele disse. — Aquele maldito deu um jeito de nos encontrar.
— Antony?
— Não o próprio. Mas nenhum rato anda sozinho.

Jeon sentiu seu celular vibrar, fazendo o homem deslizar os dedos até o bolso e o retirar de lá.

— Hwiyoung? - Ele perguntou.
E a voz eletrônica de seu irmão respondeu:
— JK, Yeonjun era um deles! Não posso falar mais que isso, mas esse verme está detido! - Ele simplesmente desligou.

Então era isso, ali estava sua resposta. Antony esse tempo todo sabia quando e onde Jungkook iria estar.

— Maldito! Eu disse! Eu confiava naquele cretino! - Jungkook disse sentindo sua voz se exaltar.

— É...eu sabia disso. - Taehyung riu.
— E por que não contou?
— E eu deveria? Um, não éramos amigos, dois, era do lado dele que eu estava. Repense.
— Sim? Agora não importa, vem logo antes que eu mude de ideia e te entregue para o Florista.

Então assim eles fizeram, subiram o morro com dificuldade, principalmente quando sentiram o vento árido soprar em sua face e o sol consumir seu corpo e a fadiga logo chegar.

— Porra, mas essa merda não tem fim? - Taehyung perguntou.
— Continua andando, moleque. É ali.
— Inferno.

Eles finalmente chegaram quando avistaram uma grande fenda à sua frente em tons pastéis de amarelo e laranja. Taehyung hesitou em entrar, mas definitivamente estava sem escolhas.

— Anda. É isso ou nada.

Ele aceitou.

No final da fenda, havia uma pequena luz que iluminava todo o caminho à frente, mas para evitar qualquer conflito, Jeon acendeu a lanterna de seu celular, iluminando o caminho até o casebre de seu tio Yongguk.

blue lights | taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora