OO7: Azaléia.

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Azaléia, do grego "árido", flor ornamental chinesa, conhecida por sua coloração peculiar. Altamente tóxica, contém a substância grayanotoxina que afeta a função dos músculos esqueléticos e cardíacos do coração. Causa da morte, envenenamento.

A alquimia perfeita para se obter uma morte crucial e dolorosamente lenta.

O homem ajustou sua máscara risonha e sorriu contra a própria. Alegremente, segurou o punhal e cortou a pele macia, perfurando cada milímetro da derme daquele torso, com deleite e precisão, como se estivesse pintando um quadro, ele dilacerava e sorria.

"Justiça? Você riu quando eu lhe questionei, "quanta tolice" foi o que disse, agora florescerá sob o meu solo, meu pequeno broto." - Ele sussurrou contra a pele exposta e o sangue que jorrava de forma descontrolada. Inundando aquele piso frio de mármore, o qual o corpo foi arrastado até a parte externa do ambiente, no jardim agora, ele foi atirado no chão, o sangue agora regava a terra preparada para plantio, como se o adubo fosse seu corpo. O florista deixou que ele descansasse ali. Sufocando o homem com pétalas de azaléia, ele o enterrou vivo.

"Belíssimo." — Ele se curvou, grato, afinal mais uma vez seu ato havia chegado ao fim.

Cidade pequena, as coisas circulavam rápido, era um fato. Por volta das 4h da manhã, tudo que se escutou foi sobre o corpo no jardim botânico de Arles. Jeon saiu logo após o primeiro burburinho, chegando no local ainda pouco movimentado. A polícia estava lá, então teria problemas, o policial já havia previsto.

— Nos encontrando de novo, que curioso. - O xerife comentou com um sorriso em seu rosto, nada contente.

— Coincidência, não? Só estive curioso, é tudo o que falam. Um jovem anarquista não pode estar a par das notícias? Que coisa. - Jeon replicou.

— Sabe como são as coisas, filho. Sem informações. Acho melhor ir andando. - Ele pôs suas mãos no cinto de sua calça, sutilmente dispensando Jeon.

Então ele teria de encontrar outra maneira. E de fato encontrou. A noite, quando todos estavam em seus devidos quartos, Jeon recebeu uma ligação um tanto confidencial, era a doutora Delacroix, sabia que aquele contato seria de fato útil.

"Homem por volta dos 67 anos, juiz, residente de Paris. Morte: envenenamento, sufocamento e hemorragia. Forma como foi encontrado morto: Enterrado ainda vivo. Se quiser mais dados terá de vir aqui buscar em minha residência. Espero por isso, detetive Jeon." - A doutora pontuou, desligando logo em seguida e Jeon negou com a cabeça.

Já faziam noites que estava dormindo juntos, o que para Jeon se tornou até mesmo propício, então ele aceitou aquela proposta facilmente.

— Você é mesmo merecedor dos dados adicionais. - Ela disse, abotoando os botões de sua blusa e ajustando os óculos em seu rosto. Absurdamente sem fôlego.

— Eu concordo com isso. - Ele selou seus lábios uma vez mais.

Ela sorriu e se ajeitou no sofá, buscando a papelada e a entregando a ele.

— Aqui está. - Foi tudo que ela disse após dar a Jungkook a pasta roxa.

Mas o rapaz não abriu ali, esperou que ela pegasse no sono para que ele pudesse ir embora e então quando estivesse a só, em seu bunker, abrir os papéis; Jungkook ainda não sabia, mas estava prestes a encarar uma das suas maiores peças de seu quebra cabeça invertido.

Então assim ele fez, quando chegou na fábrica de sal, trancou a porta, puxou sua lousa de dados da investigação Arles e assim avistou com as cordas em vermelho guiando e conectando a cada frame de informação.

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