OO6: Tratado de paz.

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Já se perguntou no que é mais justo. Acaso? Ou destino? Qual parece certo?

Bom, nenhum desses garotos sabiam ao certo a resposta para essa pergunta. Odiavam a ideia de crer que algo estava traçado exatamente para si e bastava percorrer, então era mais fácil simplesmente acreditar que tudo só acontece por acontecer. Porque tem que ser assim.

Ou, talvez, tudo não passe de um joguete cósmico.

"O garoto acabou de entrar na faculdade, senhor." - Em sua tocaia, Hwiyoung disse com o rádio em mãos, acelerando no seu BMW e dando a volta no quarteirão para evitar chamar atenção dos transeuntes que circulavam a área.

"Ótimo."

- Satisfeito? Eu disse que cumpriria com minha parte do contrato. - Jeon disse, pondo as mãos no cinto e rindo de forma descontraída.

- Seu parceiro está feliz sendo feito de babá? - Ele replicou em um tom lúdico, eu diria que apimentado.

- Quer voltar para as correntes de novo, docinho?

- Eu passo.

- Hwiyoung vai se certificar de não deixar ninguém machucar seu irmão. Agora começa a usar essa boca bonita e me diz o porquê você ser uma peça tão importante para Antony? - Jeon se escorou na mesa que estava bem à suas costas, se sentou ali e cruzou os braços, ele parecia estar impaciente.

- Tem certeza de que não vai você mesmo fazer alguma coisa com ele? Conheço gente como você, são como e até piores que Antony. - Ele disse, se mexendo nas cordas apertadas. - Sou como um informante para eles, me usam para obter informações dos dois lado.

- Dois?

- IRIS e dos virtuosos.

- Conte-me mais.

- Por hoje é só. Não vou contar mais nada até ver meu irmão! - O rapaz disse autoritário e Jeon não gostou nada disso.

- Escuta aqui, eu faço as regras, então caladinho. - O gângster e policial foi até ele, segurou em suas bochechas e apertou um tanto, fazendo aquele rosto ter sua atenção forçadamente.

Jeon sabia que não seria fácil, então ele foi até sua sala, trancou as portas e pegou seu rádio de comunicação única com seu irmão. Mexeu nas têmporas com os polegares e com a sobrancelha franzida e o cenho ainda mais sombrio, ele disse:

"Traz o moleque."

Hwiyoung, que já estava em posição de agir, escutou aquele chamado, esperou até que o rapazinho saísse de sua faculdade para o almoço e foi até ele, nada discreto para um homem de jaqueta preta sob um sol de 30°.

- Você, vem comigo. - Ele disse, segurando no pulso do rapaz com força, ele guiou ele até a moto.

- O que? Mas por quê? Espera, quem é você? - Ele perguntou assustado, um tanto nervoso. - EI! Por que eu faria isso? Maníaco! Socor... - O rapaz tampou sua boca, levando forçadamente o garoto até o carro dele.

- Facilita pra mim, garoto. - Hwiyoung disse mais uma vez, sem alterar seu tom. Ele era sério e direto nas coisas que fazia e deixava isso claro.

O menino não sabia o que fazer, não queria aquilo, mas estava amedrontado demais.

- Não me machuca, por favor...- Ele suplicou, forçadamente entrando no carro, enquanto Hwiyoung amarrava uma faixa escura em seus olhos, o mesmo que acelerou o automóvel sem nem pensar duas vezes, saindo dali depressa, atraindo um pouco de atenção por conta de sua velocidade.

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