Acordo lentamente, percebendo que não estou em casa. Aprecio os lençóis macios e uma presença calorosa que envolve meu corpo.Meu coração dispara quando abro meus olhos, e vejo o rosto sereno de Calum repousando entre os meus peitos. Entre os meus peitos descobertos, totalmente amostra assim como o restante do meu corpo.
Ele está totalmente entregue ao sono, com seus braços a minha volta e a bochecha amassada contra a minha pele sensível.
Seu corpo está sobre o meu, mas não é pesado. Apenas aconchegante, quase relaxante.Posso dizer que achamos a posição perfeita pra dormir, o que não me surpreende, pois depois de ontem descobri que nossos corpos se encaixam perfeitamente de várias maneiras.
Nós quebramos todos os limites da intimidade por completo.
Aí, socorro - penso, quando me dou conta do que aconteceu entre nós.
Socorro, socorro, socorro. Socorro!
O que foi que a gente fez?!
Tento voltar pra o estado de tranquilidade em que estava há segundos atrás a todo custo, quero aproveitar esse momento enquanto ele dura. Mas meu coração bate loucamente com a adrenalina e o medo de pensar no que vai acontecer agora.
Enquanto, por outro lado, sou bombardeada com lembranças de como nossos corpos se completaram, como se fossem partes de uma mesma imagem e do incêndio que ele acendeu em mim com tamanha facilidade.
Fecho meus olhos rapidamente quando percebo que o moreno está despertando, só que é tarde demais.
–Bom dia – ele murmura sonolento.
–Bom dia, Cal. – respondo, ciente de que fingir estar dormindo não vai espantar meus problemas.
O moreno enche os pulmões de ar e depois solta lentamente, passando a mão pela lateral da minha cintura com calma.
Calma que eu não consigo imitar, porque ele só está acrescentando veracidade ás minhas lembranças.
Mas aí, mesmo com meu cérebro congestionado com dezenas de sensações alucinantes e preocupações a perder de vista, eu vejo um sinal positivo. Ele não saiu correndo, não se vestiu e me ignorou, e nem fez nada do gênero.
Acho que posso sobreviver.
Talvez a gente possa agir como se nada tivesse acontecido, vou apenas levar tudo numa boa. Não é hora de surtar.
–Dormiu bem? – Calum pergunta, ainda sem se mexer, nem levantar a cabeça.
Me atrevo a deixar minha mão tocar seus cabelos bagunçados. É um desejo que eu tenho constantemente mas estou sempre segurando, mas hoje que ele age todo confortável comigo, não vou sofrer.
Perdido por perdido, lá vou eu.
–Muito bem, e você? –respondo com o coração acelerado, tenho certeza de que até ele pode escutar.
–Também – ele responde com um sorriso de lado.
Nem sei o que tá acontecendo aqui mais.
Ficamos em silêncio. Estou atordoada e satisfeita demais pra pensar em falar qualquer coisa. Talvez eu nem tenha acordado, a chance disso ser um sonho deve ser maior do que a de ser verdade.
–Quer tomar banho? – Calum murmura, aleatoriamente.
Seu corpo se move sutilmente, até ele conseguir voltar os olhos pra mim, deixando seu queixo apoiado no vale entre meus seios, com um sorriso radiante.
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Why Won't You Love Me? - Calum Hood
FanfictionSwitching into airplane mode again We're not alright but I'll pretend Press my cheek against the glass Just be good 'til I get back The ground disappears I hold back the tears I check my phone to see your face Staring back as if to say Don't worry...