Líder da Alcatéia (ABO/MPreg)

Capítulo Nove

Scott Prescott:

Vejo o tal Zack, como o homem que diz ser seu pai e se chama São, levando as duas pessoas que antes eram lobos até o local onde Rol está sendo tratado.

— Agora, que Rol ficará bem — Pai Gabriel falou. — Podemos ir embora.

— Não saio daqui, sem o Rol estar melhor — Falei, o que fez meu pai fechar a cara. — Nem adianta fazer essa cara.

Pai Gabriel bufou e se virou, entrando na casa principal, como São falou para mim e Levi.

— Titânia, pode soltar o meu marido, por favor — São pediu para a minha vó.

— Acho que vou soltá— lo, é o melhor, não é? — Titânia falou e virou a mão, jogando Richard para longe.

O homem girou no ar e caiu de cara no chão, e tenho a certeza de que isso deve ter doído pra caramba. Lídia abaixou a mão e se virou para nós, que olhamos impactados para ela, que ainda deu um sorrisinho.

— Agora, ele aprendeu a me respeitar — Lídia falou.

E como se para mostrar o contrário dessa fala de Lídia, Richard se transformou em um lobo duas vezes maior do que um comum; seus pelos eram castanhos, e os olhos eram da cor vermelho sangue. O lobo avançou contra Titânia, que se virou, e vi que os dois começariam uma luta feroz.

Por alguma razão, corri para o meio deles, e só ouvi pai Jacob e Levi gritarem meu nome quando o grande lobo pulou em cima de mim, e suas garras atingiram o meu peito. Minha última lembrança foi de ser jogado para trás com tudo, e Lídia me segurando no momento exato em que perdi a minha consciência.

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Minha mente estava em um turbilhão e meu corpo parecia que estava sendo rasgado, e a marca em meu pulso começou a me incomodar de um jeito que eu me sentia afogando em alguma coisa, e a dor fazia com que eu afundasse ainda mais.

A dor era insuportável, como se algo estivesse se retorcendo dentro de mim. Eu estava perdido em um redemoinho de agonia e escuridão. Minha consciência estava desaparecendo, e eu me sentia cada vez mais distante da realidade.

No entanto, em meio a essa escuridão, algo começou a brilhar. Era uma luz fraca e distante, mas parecia estar se aproximando. Eu me esforcei para alcançá-la, para escapar da dor avassaladora que me consumia.

À medida que a luz se aproximava, comecei a ouvir vozes. Eram vozes familiares, vozes que me chamavam, me puxando de volta à realidade. Eu lutei contra a dor, me agarrando a essas vozes, até que finalmente consegui emergir da escuridão.

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— Que rápido, tudo isso — Ouvi uma voz de mulher dizendo delicadamente. — Abra os olhos, minha criança.

Dedos suaves tocaram meu pulso e minha mente clareou mais um pouco e lentamente abri meus olhos e vi à minha frente uma aura que brilhava como a lua, de cor branca, e ao seu lado uma aura que brilhava como o sol.

— Bem que desconfiei que Richard acabaria matando ele — A aura do sol falou com uma voz de homem. — O temperamento dele é muito explosivo. Aquela Alcatéia está perdida de vez, podemos deixar tudo para os outros resolverem. Acho que dessa vez os mundanos e submundanos irão ser todos mortos;

— Fenris, ele não está morto — A mulher da aura da lua falou, e ambos pareciam estar ao mesmo tempo distantes e próximos de mim e deles próprios. — Ele só está inconsciente, e devo admitir que houve uma mudança em seu futuro.

A aura do Sol, que se chamava Fenris, resmungou algumas palavras que não consegui entender e depois seu brilho ficou mais forte que me fez querer fugir para longe da sua ira.